Ser proativo é uma característica que tenho muito presente em mim e que também admiro bastante nos outros. E é bem comum que as empresas priorizem colaboradores proativos para contratação ou eventual promoção, afinal, quem se dispõe a fazer tarefas sem ao menos ser solicitado e não fica esperando para tomar alguma iniciativa possui um grande destaque perante aos demais.
A proatividade não é algo tão simples quanto parece, pois trata-se de uma soft skill que envolve uma série de fatores: busca ativa por oportunidades, antecipação de problemas e responsabilidade. Esse conjunto faz com que os colaboradores proativos sejam pessoas mais produtivas e engajadas, pois estão a todo momento contribuindo efetivamente para os melhores resultados da empresa.
Por outro lado, percebo que algumas pessoas confundem o conceito de ‘ser proativo’ com ‘ser sobrecarregado’. Existe uma diferença gritante entre os dois, pois a partir do momento em que atravessamos a fronteira da proatividade e passamos a estar com mais demandas do que conseguimos dar conta, estará instaurado um enorme problema que é bem difícil de se livrar com o passar do tempo.
E por quê? Quando estamos sobrecarregados, geralmente estamos sob pressão, tentando resolver milhares de coisas ao mesmo tempo. Isso vai resultar em trabalhos mal feitos ou feitos pela metade, e pior que isso, a chance de erros aconteceram com maior frequência será grande e você provavelmente não irá perceber, pois estava tentando terminar todas as tarefas que se responsabilizou.
Precisamos entender que para sermos proativos, não podemos abraçar o mundo e tentar fazer tudo que vemos pela frente, pois isso não vai dar certo. É fundamental ter uma compreensão melhor do cenário para determinar o que está dentro da nossa alçada e o que foge totalmente. Para isso, independente do seu cargo dentro da empresa, uma gestão por OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, pode ser útil.
Os OKRs fazem com que gestores e colaboradores tenham mais foco e clareza em suas respectivas funções, o que acaba sendo benéfico tanto para o indivíduo como para o time e traz resultados positivos para a empresa de maneira geral. Afinal, com uma visão melhor do trabalho, torna-se possível escolher o que nós - proativos - conseguimos fazer naquele momento e, assim, ajudarmos com essa nossa habilidade e não ao contrário.
Ser pró-ativo naquilo que importa é o melhor que podemos fazer com o nosso tempo e para a organização na qual estamos inseridos. Estaremos muito mais felizes assim, ao unir produtividade e engajamento, entregando mais resultados. O que pode ser melhor?
Pedro Signorelli é um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/