Monday, 30 de September de 2024
31°

Tempo limpo

Pariquera-Açu, SP

Dólar
R$ 5,45
Euro
R$ 6,07
Peso Arg.
R$ 0,01
Câmara dos Deputados Câmara dos Deputados

Audiência debate projeto que considera hediondo o assassinato por discriminação de gênero

Edson Santos Protesto em frente ao Congresso A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados promove audiênci...

15/05/2023 às 10h16
Por: Redação Fonte: Agência Câmara de Notícias
Compartilhe:
Protesto em frente ao Congresso - (Foto: Edson Santos)
Protesto em frente ao Congresso - (Foto: Edson Santos)

A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta quarta-feira (17) para debater o Projeto de Lei 7292/17, que considera o LGBTcídio como homicídio qualificado e o classifica como crime hediondo.

O LGBTcídio é definido no texto como homicídio cometido contra homossexuais e transexuais por conta dessas condições. Isso significa que envolve menosprezo ou discriminação por razões de sexualidade e identidade de gênero.

A proposta foi batizada de Lei Dandara em referência ao assassinato da travesti Dandara dos Santos, espancada e morta a tiros em Fortaleza (CE), em 2017.

"O Brasil é um dos países que mais matam e desrespeitam os direitos da
população LGBTQIA+ no mundo", lamentou a deputada Luizianne Lins (PT-CE), autora do projeto e do requerimento para realização do debate.

A parlamentar lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já reconheceu a existência de “graves ofensas aos direitos fundamentais” das pessoas LGBTQIA+ em decorrência da demora na edição de lei que puna a discriminação dessas pessoas (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 26/19).

"O STF deu ciência ao Congresso Nacional quanto ao seu 'estado de mora
inconstitucional' e determinou o enquadramento imediato das práticas de homofobia e de transfobia no conceito de racismo previsto na Lei 7.716/89", explicou Luizianne, defendendo a aprovação da Lei Dandara.

Fora, convidados para discutir o assunto, entre outros:
- o ministro aposentado do STF, que relatou a ação 26/19, Celso de Mello;
- a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat;
- o promotor de Justiça do Ceará Marcus Renan; e
- representante de diversos movimentos sociais LGBTQIA+.

A audiência será realizada a partir das 14 horas, plenário 9.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.