O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou, em pronunciamento nesta quarta-feira (17), a interferência de países europeus na Amazônia e a atuação das organizações não governamentais (ONGs) na região. Segundo o parlamentar, paises da Europa querem instituir políticas ambientais no Brasil, mas recorrem a combustíveis poluentes para manter suas economias.
— A Alemanha foi que implantou o modelo público ambiental aqui no Brasil. Hoje a Alemanha voltou a recorrer ao carvão para alimentar as suas fábricas. Alega que não mais tem como se abastecer do gás, comprado antes da Rússia, e abandonou todas as suas metas climáticas. Tudo aquilo com que se comprometeu, abandonou. [...] Hoje, várias das florestas que subsistiam em território alemão estão sendo cortadas para garantir a energia.
Plínio também citou como exemplo a Noruega, que é um dos maiores doadores do Fundo Amazônia. O senador ressaltou que o país vive da exploração de petróleo, mas é contra a mesma prática no litoral do Amapá. Segundo o parlamentar, a Noruega é o 13º maior produtor de petróleo do planeta, extraindo 1,7 milhão de barris por dia.
— Ela vai do Mar do Norte até o Ártico, explorando petróleo. Vamos lembrar que o meio ambiente do Ártico é tão ou mais sensível do que a Amazônia. Basta ver como estão sendo dissolvidos os icebergs, o que contribui decisivamente para a elevação do nível dos oceanos, esse grande perigo ecológico, que inclusive pode fazer desaparecer países inteiros. Mas as ONGs jogam a culpa no desmatamento da Amazônia, o que é ridículo, mas a narrativa é tão grande, que alguns brasileiros, algumas brasileiras acabam engolindo isso. Mas de dez anos para cá, a Noruega permitiu que se perfurassem 700 novos poços de petróleo e gás. Vários já foram abertos. Quando todos estiverem perfurados, a produção de petróleo e gás na Noruega aumentará em 60%.
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