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Esposa do baixista da dupla Conrado e Aleksandro diz que músico chora ao lembrar do acidente: 'não está fácil'

Segundo Camila Lopes Campas, marido é 'um milagre'. Ele ficou gravemente ferido no acidente envolvendo o ônibus da dupla sertaneja, que deixou seis mortos em 7 de maio, inclusive o cantor Aleksandro, em Miracatu, no interior de São Paulo.

Redação
Por: Redação
11/07/2022 às 09h58
Esposa do baixista da dupla Conrado e Aleksandro diz que músico chora ao lembrar do acidente: 'não está fácil'

A esposa do músico Júlio César Bugoli Lopes, integrante da banda da dupla Conrado e Aleksandro, disse que a recuperação não está fácil, e que o marido é um milagre. O baixista teve alta em 22 de junho, após ficar mais de 40 dias internado devido o grave acidente envolvendo o ônibus da dupla, que deixou seis mortos em 7 de maio, inclusive o cantor Aleksandro.

Camila Lopes Campassi afirmou que, infelizmente, do dia para a noite a dupla acabou e os sonhos dos músicos foram por água abaixo. "Do dia para a noite ficou sem emprego, perdeu os amigos que ele amava tanto, o primo, e está em cima de uma cama se recuperando. A tristeza dele é que não vai ver mais os amigos que ele perdeu".

Segundo Camila, nos 46 dias em que o marido ficou internado, a corrente de oração foi muito grande. "Tem pessoas que acham que ele está em estado vegetativo. Ninguém acredita que ele fala, conversa, come normal porque na realidade era para ser tudo ao contrário e ele nem se mexer".

O estado de saúde do marido, segundo ela, era considerado grave e o médico até pediu para ela ir ao hospital se despedir.

"[Foram] dois traumatismos, cirurgia na cabeça de fora a fora, cento e poucos pontos na cabeça, fratura de clavícula, fratura do fêmur, da bacia, fraturas expostas nas pernas, enxerto, coração não estava funcionando sozinho só com muito remédio, pulmão com respiração mecânica, o rim não funcionava, [agora] está usando a cistotomia que é na barriga, ele ainda não consegue fazer xixi normal, tem que ser por uma sonda na barriga porque ele teve vários traumas na bexiga, então ninguém consegue acreditar".

Ao chegar no hospital para visitar o marido pela primeira vez, após o grave acidente, Camila desmaiou duas vezes e não reconheceu o músico. "Cheguei lá e foi o pior momento da minha vida. Passei reto no leito e o médico falou 'esse aqui é seu esposo', aí eu falei que não era e fui procurar [o Júlio]".

"Quando cheguei perto dele eu desfaleci, desmaiei, acordei com os médicos pedindo para eu ter calma. Pedi para Deus ter misericórdia de mim. Eles tentaram deixar eu me aproximar de novo do leito, desmaiei mais uma vez e fiquei na emergência", relembrou.

Durante as visitas, ela contou que sempre conversava com o marido e falava no ouvido dele, o que fazia os batimentos cardíacos dele subirem e despertou a curiosidade dos profissionais que o atendiam.

"Os médicos perguntavam o que eu falava no ouvido dele todo dia e eu disse: 'oi, amor da minha vida, cheguei, estou aqui. Vou cuidar de você'. Começava orações e cantava. E eles pediram para eu perguntar para ele se tinha escutado, assim que acordasse".

Quando Júlio saiu do coma, Camila se emocionou ao questioná-lo sobre isso. "Começou a chorar, chorava tanto e disse 'eu ouvia você falando assim: oi, amor da minha vida, eu cheguei'".

Com muita fé na recuperação do marido, Camila explicou que a rotina dela era ir para o hospital e, de lá, para o hotel, onde permaneceu durante todo o período em que o Júlio esteve internado. "Foi muito triste ver tudo o que vi. Essa rotina diária foi bem difícil, não foi fácil em nenhum momento. Ele ficou muito confuso, às vezes não falava nada com nada, queria que tirasse os equipamentos dele, não se conformava em ver o tanto de ferro no corpo dele, foi muito desgastante".

Morte dos amigos
Para ela, um dos momentos mais tristes foi quando precisou contar sobre a morte dos amigos, ainda no hospital. "Ele estava para receber alta da UTI. Não podia sair do hospital sem saber de tudo por causa dos batimentos cardíacos".

Com a presença de uma equipe de profissionais do hospital, Camila falou para o marido que precisava falar com ele sobre o acidente. "Ele ficou olhando fixo no meu olho. Disse que sabia que o Alan [tecladista] tinha morrido [...] Falei que não foi só ele [que morreu], mas ele virou o rosto, começou a chorar e disse que não queria me ouvir".

As psicólogas do hospital precisaram auxiliar, mas ele novamente virou o rosto, continuou chorando e disse que não queria que falassem. "Eu falei que não foi só o Alan [tecladista], falei que foi o Panda [baterista], aí ele chorava, pedia para parar. Ai falei que foi o guitarrista, ele chorava, o batimento foi a 149. Falei que o Aleksandro morreu e ele não acreditou, chorava alto. Aí depois que contei de todos que morreram, falei do primo dele [músico Gabriel, de 22 anos], ele gritava".

Ela conta que algumas pessoas ficam emocionadas ao visitar Júlio e ver como ele está. "Tem pessoas que se ajoelham, que ficam tão emocionadas que a gente precisa pedir calma. Estar diante dele é um milagre, é a mesma coisa de estar perto de Deus. O padre que veio aqui dar comunhão se emocionou muito, falou que era um prazer para ele estar perto de Deus".

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