Fiquei lisonjeado com o convite para ser o mais novo colunista do Portal Viva Pariquera e para quem ainda não me conhece, aqui vai uma breve descrição: eu me chamo Rogério Fernandes, tenho 37 anos e sou casado com a Gislene (minha grande parceira). Nasci no bairro do Jabaquara, na zona sul de São Paulo, e me mudei com meus pais e minha irmã para o Vale do Ribeira em 1997 (com 13 anos). Logo em seguida, aos 15 anos, fui promovido à condição de pai (Não façam isso! Não com essa idade) da Stephani e agora aos 35 eu me tornei pai novamente do Gustavo (dois presentes de Deus!).

Eu sou formado em Gestão Financeira e trabalho atualmente no Consaúde (Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilacqua) onde estou como chefe de seção de Tesouraria e em março deste ano completarei 20 anos de casa.

Tenho uma missão, um propósito de vida como empreendedor social no Instituto Feliz Cidade (ONG Feliz Cidade).

Fui convidado para trazer para vocês reflexões e temas relevantes na pauta social e iniciativas relacionadas à própria ONG Feliz Cidade. Apesar de ter nascido em São Paulo, uma cidade bastante desigual, e morar em regiões periféricas, o meu “despertar” para a causa social se deu em 2010, aproximadamente, quando acompanhei uma reportagem do Globo Repórter sobre a ONG Banco de Alimentos que atua há mais de 23 anos na cidade de São Paulo combatendo a fome e reduzindo o desperdício de alimentos. Esta ONG tem como presidente e fundadora uma mulher visionária, Luciana Quintão, que alerta para um Brasil com muitos aspectos para serem melhorados. “Há muitas fomes. O que nos prejudica é a falta de acesso”, disse ela em recente entrevista à Folha de São Paulo.

Esta e outras inspirações de pessoas que decidiram impactar a vida de quem mais precisa, aliado à vivência na prática sobre a vulnerabilidade social, foram me transformando no ser humano que sou hoje, muito mais empático e preocupado em buscar soluções para reduzir essa desigualdade social que assola o nosso país e em especial a região do Vale do Ribeira. Inclusive, no pós-pandemia de Covid19, alguns dados impressionam: temos mais da metade (125 milhões de pessoas) da população brasileira em situação de insegurança alimentar (Rede Penssan, 2022), no Brasil surgiram 10 novos bilionários desde março de 2020 (GIFE, 2022), quase metade da riqueza do país foi toda para a mão do 1% mais rico da população, 49,6% em 2020 (CNN Brasil, 2021). São pontos que devemos observar para buscarmos juntos, através de uma força-tarefa entre governos, iniciativa privada, OSCs (ONGs) e a sociedade civil, a verdadeira transformação social, pautada por oportunidades de forma exponencial a uma boa alimentação, educação de qualidade, qualificação profissional, empregabilidade para as classes da população em situação de pobreza, extrema pobreza e as minorias, tudo isso aliado à ações que diminuam esse abismo social dentro do nosso país.

Me despeço trazendo uma questão para reflexão de vocês! 

Qual país (bairro, cidade, região) vocês gostariam de deixar para as próximas gerações? 

Obrigado! E até breve!

Vamos juntos modificar o cenário no Vale do Ribeira, acabando de vez com o "status" de região mais pobre do Estado de São Paulo.