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Pâncreas tem a sétima maior taxa de mortalidade por câncer entre as mulheres 

O câncer de pâncreas é o 11º tipo mais comum entre as mulheres, mas a doença responde pela 7ª maior taxa de mortalidade mundial por câncer, com 219 mil óbitos anuais.

Redação
Por: Redação Fonte: Bárbara Conti
25/04/2025 às 15h31
Pâncreas tem a sétima maior taxa de mortalidade por câncer entre as mulheres 

Quase sete em cada dez pacientes (68%) recebem o diagnóstico a partir dos 65 anos. Por ser silenciosa no início e não haver exame de rastreamento, o desafio está em fazer o diagnóstico precoce. Importante evitar fatores de risco como tabagismo e obesidade e estar atento ao histórico familiar

Na quinta (24), a atriz Lúcia Alves, com 50 anos de carreira na dramaturgia, teve a sua morte anunciada. Aos 76 anos, ela estava em tratamento de câncer de pâncreas desde 2022. Os tumores pancreáticos representam o 11º tipo de câncer mais incidente entre as mulheres no mundo, com 241 mil novos casos anuais. Por conta da alta taxa de diagnóstico em fase mais avançada, a doença é a 7ª em taxa de mortalidade mundial no sexo feminino, com 219 óbitos anuais. Os dados foram levantados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) na base Globocan 2022, da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS). 

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pâncreas é a 9ª neoplasia mais incidente nas mulheres, com 5.690 novos casos estimados para 2025. O aumento da expectativa de vida da população é um aspecto importante para a incidência de câncer de pâncreas. Quase sete em cada dez pacientes (68%) dos tumores pancreáticos malignos são diagnosticados a partir dos 65 anos. Quando somados com a faixa de 55 a 64 anos, os casos representam 90% de toda a incidência da doença, de acordo com o National Cancer Institute (NCI), dos Estados Unidos. 

Em geral, os sintomas iniciais são inespecíficos, como fadiga, perda de peso, dor abdominal, olhos e pele amarelados, náuseas e dores nas costas. Não há um exame de rastreamento eficaz para detectar precocemente o câncer de pâncreas, tornando essencial a atenção aos fatores de risco, como tabagismo, obesidade e histórico familiar. Pacientes que desenvolvem diabetes de forma inesperada em idade avançada ou que apresentam piora inexplicada no controle da glicemia devem ser avaliados para descartar a presença da doença. “Exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, podem auxiliar no diagnóstico precoce em grupos de alto risco”, explica o cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). 

Ainda de acordo com o especialista, para reduzir os riscos é importante manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas regularmente. “Além disso, pessoas com histórico familiar da doença devem consultar um médico para avaliação preventiva”, ressalta Pinheiro. Com diagnóstico precoce, a taxa de sobrevida em cinco anos dos pacientes com câncer de pâncreas é de 44%, segundo o levantamento SEER (Surveillance, Epidemiology, and End Results Program) do NCI.  

Como é o tratamento?

Em relação ao tratamento, é necessário fazer uma análise criteriosa sobre o estágio da doença, da localização do tumor, da saúde geral do paciente e de outros fatores biológicos. “A cirurgia costuma ser o tratamento mais eficaz. Existem dois tipos de abordagens possíveis para o pâncreas: a cirurgia potencialmente curativa, realizada em estágios iniciais, indicada em cerca de 20% dos casos e a cirurgia paliativa, realizada quando a doença está disseminada, com o objetivo de aliviar os sintomas e prevenir complicações.”, explica Rodrigo Nascimento Pinheiro. Além disso, outros tratamentos não-cirúrgicos, indicados caso a caso, também contribuem para aumentar a sobrevida dos pacientes, como a quimioterapia e a radioterapia. 

Sobre a SBCO - Fundada em 31 de maio de 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) é uma entidade sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, que agrega cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado multidisciplinar ao paciente com câncer. Sua missão é também promover educação médica continuada, com intercâmbio de conhecimentos, que promovam a prevenção, detecção precoce e o melhor tratamento possível aos pacientes, fortalecendo e representando a cirurgia oncológica brasileira. É presidida pelo cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro (2023-2025).

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