Duas atrações artísticas e culturais que o Sesc Registro traz ao público do Vale do Ribeira neste fim de semana celebram a diversidade, dão visibilidade e trazem diversão e reflexões sobre temas referentes à população LGBTQIAPN+. Primeiro tem a performance Mandinga do Futuro, com o Coletivo Capoeira para Todes, que movimenta a Área de Convivência no sábado (dia 22). Depois chega o Pagode da Dandá: Trans-Samba, com Dandá Costa e grupo animando o final de tarde do domingo (dia 23). Ambas as atividades são gratuitas, com entrada livre a todas as pessoas.
Na apresentação Mandinga para o Futuro, o coletivo Capoeira para Todes combina música, canto, dança, jogo, acrobacias e moda em um espetáculo que conecta os saberes ancestrais e movimentos afro-brasileiros da capoeira com a manifestação artística do vogue, estilo de dança criada por pessoas trans e pretas nos Estados Unidos e que se espalhou pelo mundo. Formado por multiartistas, o Capoeira para Todes promove a inclusão e a diversidade, abrindo espaço e oportunidades para a expressão livre e artística de pessoas pretas, LGBTQIAPN+ e em vulnerabilidade social. A performance do coletivo começa às 18h, na Área de Convivência.
No domingo, a partir das 17h, quem agita o público na Marquise do Sesc é o Pagode da Dandá: Trans-Samba, a primeira roda de samba criada por uma travesti no Brasil, uma expressão da resistência negra e da população LGBTQIAPN+. Com mais de 10 anos de carreira, a multiartista trans Dandá Costa e grupo apresentam um repertório com clássicos do samba e do pagode anos 90, além de sucessos atuais e composições autorais. O grupo é composto por Priscila Hilário, Tunuka, Lu Nega, Nunah Oliveira, Lê Nor, Adonai de Assis e Juliana Araújo.
Cantora, compositora, diretora musical e educadora, Dandá Costa traz ao palco o samba de Jimbanda, nome dado em Angola e Congo a importantes curandeiras, cuja expressão de gênero se assemelhava ao que hoje se compreende como travestis ou mulheres trans. Escravizadas durante a afrodiáspora, sofreram apagamento de suas funções de cura e feitiço e perseguição pela conduta de gênero. Chica Manicongo, a primeira jimbanda registrada em arquivos policiais brasileiros no fim do século 16, será homenageada como tema de um samba-enredo no carnaval carioca de 2025.
Para conhecer mais sobre a diversidade de pessoas e manifestações artísticas e culturais envolvidas nas atrações deste fim de semana, basta chegar no Sesc, que fica na Av. Pref. Jonas Banks Leite, 57, centro da cidade de Registro.
Programação completa em: https://www.sescsp.org.br/unidades/registro/
Mais informações: (13) 3828-4950.
Serviço:
performance
Mandinga do Futuro
Com Coletivo Capoeira para Todes
Dia 22, sábado, 18h.
Área de Convivência. Grátis.
show
Pagode da Dandá: Trans-Samba
Com Dandá Costa
Dia 23, domingo, 17h.
Marquise. Grátis.
Mín. 19° Máx. 25°