A Polícia Civil acredita que a idosa de 61 anos, encontrada morta e com parte do corpo carbonizado em uma vala num terreno baldio, no bairro Balneário Meu Recanto, em Ilha Comprida, no litoral de São Paulo, tenha sofrido um mal súbito enquanto ateava fogo no local. Solange de Fátima Martins foi localizada no último sábado (20). O caso segue em investigação.
O delegado de Ilha Comprida, Carlos Eduardo Eiras Alves, disse que as investigações, até o momento, levam a crer que em morte natural e não feminicídio. "Tem uma testemunha [a quem] ela já tinha alegado dores durante à tarde. Nós vamos até achar essa testemunha que está no Paraná (PR) para vir aqui depor".
"O pessoal da investigação achou uma [outra] testemunha muito importante, [um] vizinho, que teria visto ela naquele dia mesmo ateando fogo do lado. Então, ela ateou fogo naquele terreno e talvez tenha tido mal súbito, caído ali mesmo e o fogo tenha pegado parte do corpo dela", disse ele.
O delegado afirmou, ainda, que a vítima não tinha problema com o marido e não teve nenhuma discussão recente com ele. "Ele ficou bastante chocado com a situação, esteve mesmo a procura dela em vários locais da cidade, inclusive no pronto-socorro".
"As imagens da frente [do terreno] não gravaram, não captaram [o que aconteceu], a gente está sem acesso a elas, mas a testemunha confirmou que, por volta de 16h40, ela teria sido vista ateando fogo no terreno, então provavelmente passou mal e o fogo que ela mesmo pôs pegou nela", explicou Alves.
Entenda o caso
Solange de Fátima Martins, de 61 anos, foi encontrada morta em uma vala num terreno baldio, no bairro Balneário Meu Recanto, em Ilha Comprida. Segundo apurado pelo g1, parte do corpo da idosa estava carbonizado.
Segundo o Boletim de Ocorrência, a polícia militar foi acionada às 23h de sábado (20), assim que o corpo foi encontrado na Rua Beethoven. A grama ao redor do buraco onde o corpo foi localizado estava queimada, assim como a vítima, do quadril para cima.
O marido dela, também de 61 anos, aparentava estar em choque. Questionado pelos policiais, disse que não via a esposa desde às 17h daquele dia. O homem contou tê-la procurado, mas, sem encontrá-la foi ao pronto-socorro, onde foi orientado a registrar o desaparecimento.
Aos policiais disse que ao voltar para casa encontrou com populares que o informaram sobre uma mulher que estaria caída ao lado da casa dele. Ele contou ter ido ao local indicado e reconhecido a vítima, a esposa.
Ele foi encaminhado à delegacia após ser medicado no pronto-socorro. De acordo com o BO, foram requisitados exames ao Instituto de Criminalística (IC) e Instituto Médico Legal (IML).
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