No município de Pariquera-Açu, uma jovem pedagoga e educadora voluntária tem conquistado não apenas títulos de beleza, mas também o coração de quem a conhece. Jéssica Peterson, de 22 anos, residente da cidade há 16 anos, traz consigo uma trajetória marcada pela paixão por concursos e um desejo fervoroso de inspirar outras jovens, especialmente aquelas que compartilham sua jornada como mulher negra. Em uma entrevista exclusiva ao Viva Pariquera, Jéssica compartilha sua experiência como candidata ao Miss São Paulo e sua luta para quebrar padrões de beleza.
Perguntas e Respostas com Jéssica Peterson:
Viva Pariquera (VP): Jéssica, você poderia nos contar um pouco mais sobre sua trajetória nos concursos de beleza?
Jéssica Peterson (JP): Claro! O meu primeiro concurso foi em 2017, um concurso escolar que despertou a minha paixão em desfilar, neste mesmo concurso eu conquistei o primeiro lugar como Miss Camillo Jr. Em 2019, participei do concurso local, o famoso Rainha do Rodeio, onde conquistei o primeiro lugar e me tornei a Rainha da 21ª festa do peão de boiadeiro de Pariquera-Açu. Em 2022, conquistei o título de miss simpatia no concurso garota grid girl. Atualmente, sou candidata ao Miss São Paulo.
VP: Você mencionou sua participação no Miss São Paulo. Como surgiu a oportunidade e quais foram os desafios enfrentados?
JP: Entrei em contato direto com a produção do concurso para saber o que eu precisava para conseguir me candidatar e inicialmente eles pediam um valor de entrada para oficializar a inscrição. Então, eu realizei uma rifa para pagar o valor inicial e, graças aos moradores do município que me ajudaram muito, eu consegui vender a rifa em um dia e dar a entrada na minha inscrição.
VP: Qual é a importância para você representar Pariquera-Açu no Miss São Paulo?
JP: É uma responsabilidade imensa e uma honra representar minha cidade, minha família, minhas amigas e amigos. Pois sei que inspiro muitas meninas, mas que inspiro principalmente as meninas negras que passaram anos se comparando com belezas e padrões que não se enquadravam. Para mim não se trata somente de um concurso de beleza, mas sim de representatividade.
VP: Como você lida com as expectativas em relação à sua participação?
JP: Tenho grandes expectativas, mas o mais importante para mim é ser uma fonte de inspiração. Quero que as jovens vejam que é possível quebrar barreiras e se orgulhar de quem são, independentemente de padrões.
VP: Como você vê o papel da representatividade no cenário atual?
JP: Cresci vendo as pessoas dizerem que a minha cor de pele e o meu cabelo não eram bonitos e até mesmo tirando sarro. Hoje vivemos em um momento um pouco diferente, mas ainda assim acredito que seja preciso reforçar o quanto somos lindas e poderosas.
Entrevista conduzida pelo Viva Pariquera, portal dedicado a destacar as notícias e acontecimentos da cidade de Pariquera-Açu e Vale do Ribeira.
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