João Batista do Couto Neto foi preso durante atendimento em hospital de Caçapava (SP). Sistema do SUS mostra que ele atuou em cidades de São Paulo e do Rio Grande do Sul.
Couto Neto, suspeito de causar a morte de 42 pacientes e lesões em outros 114 em Novo Hamburgo (RS), já realizou atendimentos em Pariquera-Açu.
O Hospital Regional Dr. Leopoldo Bevilcqua de Pariquera-Açu (SP) informou à reportagem que Couto prestou serviços, por meio de empresa terceirizada, entre setembro e outubro de 2023. A unidade de saúde ressaltou que ele nunca atuou na área cirúrgica. O médico realizava atendimentos de plantão no pronto-socorro.
As diretorias clínica e técnica da unidade de saúde disseram que tomaram conhecimento das denúncias e problemas jurídicos envolvendo o profissional e, imediatamente, notificaram a terceirizada para que fizesse o afastamento do médico, o que foi realizado.
Conforme apurado junto à Polícia Civil, não há investigações criminais em andamento envolvendo Couto na cidade de Pariquera-Açu.
Motivos da prisão
Couto teve a prisão preventiva decretada após ser indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso [quando há intenção de matar] em três inquéritos. Segundo o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo, ainda são investigados 39 homicídios e 114 de lesões corporais envolvendo o médico.
Ele foi preso na quinta-feira (14), enquanto atendia no hospital da Fundação de Saúde e Assistência do Município (Fusam) em Caçapava (SP). O advogado de Couto, Brunno de Lia Pires disse que a prisão é "absurda e imotivada" e vai entrar com pedido de habeas corpus. Leia a manifestação na íntegra abaixo.
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