Durante todo este mês, ações dedicadas ao diagnóstico precoce da leucemia e à conscientização sobre a doação de medula óssea são realizadas em todo o país: é a campanha Fevereiro Laranja. Em São Paulo, a iniciativa foi instituída pela Lei estadual nº 17.207/19 e o Tribunal de Justiça aderiu a essa corrente. O intuito é alertar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde e da realização constante de exames.
Leucemia é um tipo de câncer, em geral de origem desconhecida, que atinge a medula óssea e causa o crescimento acelerado e anormal das células do sangue responsáveis pela defesa do organismo. Se diagnosticada precocemente, as chances de sucesso no tratamento são maiores. Por isso, especialistas alertam para sintomas característicos da patologia, como anemia, cansaço e fadiga, queda de imunidade, baixa na contagem de plaquetas, infecção, febre, hematomas e sangramentos espontâneos. O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais, como o hemograma, mas deve incluir ainda exames radiológicos, de bioquímica, de coagulação, e outros exames relativos à medula óssea. De acordo com o Governo Federal, a doença ocupa a nona posição nos tipos de câncer mais comuns em homens e a 11ª em mulheres. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que a cada ano são diagnosticados mais de 10 mil novos casos de leucemia.
O tratamento pode ser por quimioterapia ou transplante de medula, que é indicado em casos de alto risco. Para realização do transplante, no entanto, é necessário haver compatibilidade. A primeira opção é verificar entre familiares do paciente. Em caso negativo, deve-se registrar a necessidade em um banco de medula óssea para que, quando surgir compatibilidade entre paciente e doador cadastrados, seja feita a coleta do material. A compatibilidade normalmente é baixa, por isso é tão importante haver muitos doadores cadastrados.
Seja um doador – pessoas com idade entre 18 e 55 anos, que gozem de boas condições de saúde, não apresentem nem estejam em tratamento de câncer, doenças no sangue, no sistema imunológico ou infecciosas, podem se cadastrar em um hemocentro e se tornar um doador de medula óssea. Ao fazer o cadastro, o doador faz a coleta de 5 ml de sangue para testes de compatibilidade e o resultado fica arquivado no cadastro de medula óssea. Caso o doador seja compatível com algum paciente da lista de espera, ele será convidado a fazer a doação. Para saber qual o hemocentro mais próximo, consulte o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).