Atualmente, a rotina de muitas pessoas não possibilita uma alimentação adequada, o que acaba por resultar no consumo de comidas rápidas e industrializadas, com baixo valor nutricional e alto índice glicêmico, e a frequência de tal hábito apresenta potencial para desencadear reações adversas no organismo ou até mesmo quadros mais graves como o aumento do risco de doenças como câncer, obesidade, hipertensão arterial, diabetes e doenças do coração, conforme as informações presentes no Guia Alimentar, desenvolvido pelo Ministério da Saúde. No caso da obesidade, por exemplo, tem sido observada a associação entre o distúrbio e a infertilidade feminina.
De acordo com um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ao redor do planeta, 1 em cada 6 pessoas é acometida pela infertilidade e, de acordo com o artigo “O impacto da obesidade na fertilidade feminina e masculina: uma revisão narrativa”, publicado em dezembro de 2022, mulheres com quadros de obesidade apresentam menores probabilidades de conceber e de passar por gestações normais, em comparação a mulheres não obesas. São menos gestações espontâneas e mais disfunções menstruais em virtude da doença.
O artigo em questão aponta também que uma alimentação hipercalórica, baseada em quantidades elevadas de açúcar, gorduras saturadas, fast-food e alimentos ultraprocessados colabora para os quadros de infertilidade.
Em resposta ao fato apontado por estudos, Fernanda Fernandes Lazzaron Galante, profissional especializada em nutrição clínica ortomolecular e fitoterapia, e que também é terapeuta integrativa, atuando no nicho de saúde da mulher e fertilidade, indica que uma boa alimentação pode ajudar a melhorar a fertilidade tanto das mulheres quando a dos homens. Abaixo, alguns dos principais benefícios apresentados pela nutricionista:
Equilíbrio hormonal: Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes ajuda a regular os hormônios envolvidos na reprodução e na função sexual.
Peso saudável: Manter um peso saudável pode melhorar a fertilidade, uma vez que a obesidade ou o baixo peso podem afetar negativamente a produção hormonal e a função reprodutiva.
Qualidade do esperma: Uma dieta rica em antioxidantes, vitaminas e minerais pode ajudar a melhorar a qualidade e a quantidade do esperma, o que é essencial para a fertilidade masculina.
Função ovulatória: uma alimentação balanceada pode melhorar a função ovulatória nas mulheres, aumentando as chances de engravidar.
Saúde do útero e do endométrio: nutrientes adequados e uma dieta equilibrada podem ajudar a manter um útero saudável e um endométrio receptivo, o que é crucial para a implantação e o desenvolvimento do embrião.
Redução da inflamação: uma dieta rica em alimentos anti-inflamatórios, como frutas, vegetais, peixes ricos em ômega-3 e grãos integrais, pode ajudar a reduzir a inflamação no corpo, o que pode ser benéfico para a fertilidade.
Estresse oxidativo: uma dieta rica em antioxidantes ajuda a combater o estresse oxidativo, o que pode afetar negativamente a qualidade dos óvulos e dos espermatozoides.
A especialista em nutrição e fertilidade pontua também que para otimizar a fertilidade através da alimentação, é importante consumir uma variedade de opções saudáveis, como frutas, vegetais, proteínas magras, grãos integrais e gorduras saudáveis. Além disso, é recomendável evitar o consumo excessivo de cafeína, álcool e alimentos processados. “Lembre-se de que cada pessoa é única, e a dieta ideal pode variar de acordo com as necessidades individuais”, completa Fernanda Galante.
Naturalmente, em alguns casos será necessário entrar com suplementos. Por isso, é fundamental avaliar de forma individual cada caso.
Outro ponto importante, sempre que o casal está se preparando para engravidar, o parceiro deve também passar por uma avaliação e correção de eventuais deficiências nutricionais e ajustes na alimentação, pois sabe-se que uma dieta rica em antioxidantes pode ajudar na qualidade espermática.
Mais informações disponíveis em https://www.clinicafernandagalante.com.br/
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