Na noite da última quarta-feira (28), uma equipe da Polícia Militar Ambiental Marítima de São Paulo, subordinada ao 3º BPAmb, durante Policiamento Náutico pelo Canal Ararapira, em Cananéia, avistou uma embarcação navegando no período noturno, sem nenhuma iluminação, levantando suspeitas.
Quando perceberam a lancha-patrulha da Polícia Militar, o condutor navegou em direção a um banco de areia, abandonando a embarcação juntamente com um tripulante, e fugindo pelo manguezal da Região. Na embarcação, tipo canoa, foram localizados 728 unidades de palmito juçara in natura ”Euterpe Edulis”.
Os policiais militares enfrentaram fortes ventos e ondulações, tiveram que ancorar nas proximidades da Ilha da Casca, onde passaram noite e madrugada e só conseguiram retornar ao continente na manhã de sexta-feira, rebocando a embarcação utilizada no transporte clandestino do produto de origem vegetal sem licença do órgão ambiental competente, onde foi dado prosseguimento nas ações, apresentação do fato na delegacia de polícia civil do município, bem como a descarga e destinação dos feixes de palmito, tendo finalizado a operação na tarde de hoje (29), somando 24 horas de ações.
Crime ambiental - A palmeira-juçara, da qual é extraído o palmito tipo juçara, consta na lista de flora brasileira ameaçada de extinção. Planta nativa da Mata Atlântica brasileira, a palmeira-juçara faz parte da cadeia alimentar para diversas espécies da fauna silvestre.
O produto apreendido foi encaminhado às seguintes instituições filantrópicas:
Sociedade Amigos da Velhice, Casa Paroquial São João Baptista e Núcleo Assistencial Bezerra de Menezes, ambos de Cananeia.