Ocorreu neste dia 24 de abril de 2023 mais uma Oficina de Ervas do Colégio Santa Catarina, na cidade de Petrópolis, atividade que há muitos anos educa a comunidade sobre o uso adequado e seguro das plantas medicinais.
Desta vez, o evento teve por tema “O uso das plantas medicinais na terapêutica da Medicina Tradicional Ayurveda”. O tema foi apresentado pelo professor Luiz José Pinto, farmacêutico e doutor em botânica, pela farmacêutica e botânica, Luzia da Glória Silva Martins e por Fabio Goulart, colaborador de dois hospitais referência em Ayurveda na Índia e quem conquistou o reconhecimento enquanto vaidya, título conferido às autoridades no assunto em seu país de origem.
“A Oficina de Ervas do Colégio Santa Catarina iniciou seu trabalho em 1979, com Irmã Dulce Bastos junto às mulheres da Pastoral da Saúde. Logo depois, a Irmã Gabriela, trouxe olhar pedagógico para o projeto e suas ações junto à comunidade, ampliando e socializando os saberes sobre Plantas Medicinais. Atualmente o horto medicinal possui mais de cem espécies, e está aberto à visitação de escolas, universidades e grupos afins. Neste contexto, o horto medicinal e a Oficina de Ervas, além de preservar as espécies medicinais, contribui pedagogicamente, orientando a comunidade sobre o uso racional das espécies”, relatou Luzia da Glória Martins.
Ayurveda é uma medicina tradicional que, na Índia, desfruta de um importante papel em relação à promoção e tratamento de saúde da população. No Brasil, em 2017, passou a integrar o Programa Nacional de Práticas Integrativas e Complementares de Saúde e tem sido cada vez mais comum encontrar pessoas discorrendo sobre este tema.
“A maior parte das pessoas no Brasil faz uso das plantas medicinais como recursos terapêuticos. Sem uma educação adequada nesse sentido temos um problema em relação à saúde pública, ao passo que, com informação adequada temos soluções para a saúde pública. É muito importante que possamos colocar o conhecimento científico à disposição das pessoas, para que possam fazer um uso seguro das plantas medicinais e aprenderem sobre as formas adequadas de cultivo, manuseio, preparo e uso. A meu ver, o problema nunca está na população. Nós discentes em farmácia ou já farmacêuticos temos cadeiras de etnobotânica, farmacognosia, fitoterapia, logo, devemos assumir essa função de aproximar a população da ciência”, enfatizou Fabio Goulart.
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