Comum entre o outono e inverno, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) teve um aumento de 77% na média móvel de novos casos semanais em crianças de zero a quatro anos. Dados do boletim InfoGripe, da Fiocruz, mostram que esses números sobem ainda mais no público infantil de cinco a 11 anos, saindo de 160 para 506 casos semanais entre fevereiro e março.
Na verdade, especialistas estimam que todas as crianças terão contato com o Vírus Sincicial Respiratório até os cinco anos. E a maior preocupação acaba sendo com bebês entre o sexto mês de vida e o seu primeiro ano, já que podem desenvolver quadros de bronquiolite (inflamação dos bronquíolos) e pneumonia.
"Ela parece um resfriado ou uma gripe comum, com sintomas respiratórios como coriza e tosse seca, dor muscular, de cabeça e na garganta. Só que pode evoluir e é comum pais perceberem a presença de febre alta, cansaço, um chiado no peito e dificuldade para respirar", explica a pediatra de Bertioga Inês Ávila Siqueira.
A médica explica que a piora do quadro costuma acontecer por volta do quinto dia da doença podendo haver necessidade de recorrer a um hospital pediátrico para se ter um suporte adequado, onde muitas vezes é indicada a internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para estabilizar o quadro.
"Como toda doença respiratória, as medidas de prevenção são parecidas as que nos acostumamos fazer contra Covid-19. Então é preciso lavar as mãos com bastante frequência, obedecer o distanciamento social, preferir estar em ambientes arejados e, se possível, manter o uso de máscara em locais fechados, onde há uma maior chance de transmissão".