Sexta, 22 de Novembro de 2024
19°

Tempo nublado

Pariquera-Açu, SP

Dólar
R$ 5,82
Euro
R$ 6,09
Peso Arg.
R$ 0,01
Tecnologia São Paulo

Governo de SP discute novo sistema de alerta de risco com operadoras de celular

Reunião com representantes de empresas de telefonia pediu prioridade para 48 cidades do estado em projeto-piloto

14/03/2023 às 11h10 Atualizada em 14/03/2023 às 12h13
Por: Redação Fonte: Secom Estado de São Paulo
Compartilhe:
Foto: Reprodução/Secom Estado de São Paulo
Foto: Reprodução/Secom Estado de São Paulo

O governador Tarcísio de Freitasse reuniu na manhã desta segunda-feira (13) com executivos de operadoras de telefonia móvel para discutir opções tecnológicas para melhorar o sistema de alertas à população em áreas de risco em casos de possíveis desastres naturais.

O secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Henguel Ricardo Pereira, e representantes do órgão também estiveram presentes ao encontro.

Atualmente, o sistema de alertas é feito por meio de mensagens SMS, mediante cadastro do usuário – há cerca de 2,6 milhões de usuários cadastrados no Estado de São Paulo. A ideia, segundo o governador de São Paulo, é montar um sistema de alertas mais moderno, chamado cell broadcast, que tem o diferencial de enviar os alertas para Estações Rádio Base (ERB), que direcionam a mensagem automaticamente para todos os aparelhos celulares que estejam em seu raio de cobertura. O método já é utilizado nos Estados Unidos, no Japão e em países da Europa.

“O dono do celular pode estar jogando, assistindo filme, fazendo o que for, a mensagem vai aparecer e chamar a atenção da pessoa. Ao sair da área onde as torres estão recebendo e distribuindo os alertas da Defesa Civil, aquele celular deixa de receber os alertas”, explicou Tarcísio de Freitas. O alerta aparecerá na tela e o usuário precisa confirmar que visualizou a mensagem.

O sistema já está em processo de construção do projeto-piloto no País. O governador paulista, porém, solicitou às telefônicas a incluir, prioritariamente, 39 cidades da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e outras nove do Litoral Paulista. São áreas consideradas de risco para deslizamentos de terra e com população estimada em 1,5 milhão de habitantes.

“É um alento saber que essa questão estará equacionada para o próximo verão. Tenho de pensar no futuro e ter um sistema eficiente de alerta de defesa civil eficiente. Temos de fazer diferente do que sempre foi feito. Celular é algo que pessoas de qualquer extrato social têm e temos de usar isso para fazermos comunicação de possíveis tragédias”, reforçou.

Foi definida a criação de um grupo de trabalho composto por membros do Governo de São Paulo e das empresas de telefonia. O objetivo é discutir os custos e a implantação da tecnologia necessária para o início do sistema. O grupo terá 120 dias para apresentar o relatório final.

“Demos um importante passo hoje. Precisamos melhorar o sistema de alertas de desastre no estado de SP e a criação deste grupo de trabalho vai permitir adotarmos um sistema já consolidado em vários países desenvolvidos”, destacou o governador.

Também participaram do encontro o CEO da Oi, Rodrigo Abreu; o head de Soluções da Oi, Marcelo Moraes; o vice-presidente de Relações Institucionais da Vivo, Renato Gasparetto; o diretor de Relações Institucionais da Vivo, Tiago Brocardo; o diretor de Relações Institucionais da Tim, Cleber Affanio; e o vice-presidente da Claro, Oscar Petersen.

Capacitação

Tarcísio de Freitas lembrou que também será necessário investir na capacitação da população para saberem como atuar quando um alerta for emitido. Segundo ele, é preciso treinar todos, incluir a cultura de Defesa Civil nas escolas e melhorar a acurácia dos radares meteorológicos no Estado para manter a credibilidade desses alertas.

“Incluir nas escolas a disciplina Defesa Civil é uma medida essencial, pois criança que mora em área de risco, estuda em área de risco. Isso será um diferencial para termos uma atuação efetiva e que proteja vidas”.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.