O Cria SP, iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo realizou balanço na tarde deste sábado (17), em um evento realizado no Teatro Sérgio Cardoso, na capital paulista. Após cerca de seis meses de trabalho, dez cidades foram assistidas por consultores da Amigos da Arte, gestora da ação, que trabalharam em parceria para descobrir o potencial criativo de cada um dos municípios por meio de encontros, workshops e muita pesquisa.
O resultado do Cria SP, intitulado “Plano Municipal Participativo de Desenvolvimento da Economia Criativa” já está disponível no site www.criasp.com.
Durante o evento, o secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado, Sérgio Sá Leitão, destacou a importância da economia criativa para o desenvolvimento, geração de renda e emprego das cidades.
A economia criativa em São Paulo corresponde a 47% do PIB criativo do país e a 3,9% do PIB nacional. São 150 mil empresas e organizações do setor, responsáveis por 1,5 milhão de empregos e faturamento de R$ 80 bilhões anuais.
Coordenador dos consultores, Tom Pires aproveitou o evento para focar no futuro. “A hora é de celebrar, agradecer a oportunidade do fazer junto em um momento histórico e projetar o que queremos daqui pra frente”, disse o consultor que citou, no encerramento de sua apresentação, um trecho da composição “O que foi feito Devera (de Vera)” de Fernando Brant. “Se muito vale o já feito, mais vale o que será”.
A próxima etapa do Plano Municipal para algumas cidades será a candidatura ao selo da Rede de Cidades Criativas da Unesco, agência para cooperação internacional da Organização das Nações Unidas (ONU).
Para Sá Leitão, receber o reconhecimento da UNESCO é importante porque conecta a cidade a uma rede internacional, mas a candidatura não deve ser uma prioridade do Cria SP.
“Hoje, boa parte dos municípios não aproveita os ativos que a economia criativa tem a oferecer e isso significa, antes de tudo, um desperdício no desenvolvimento dos municípios e dos estados”, afirmou o secretário. “O ganho do Cria SP é principalmente esse levantamento, essa análise e reflexão sobre as potencialidades da cidade para que, com esse trabalho, possa ser desenvolvida a economia criativa local”, concluiu.
O grupo de municípios, bastante heterogêneo no que diz respeito ao desenvolvimento local da economia criativa, foi unânime ao relatar a importância do Cria SP.
De acordo com o secretário Sá Leitão, a principal identidade de São Paulo é a diversidade . “Claro que temos aspectos próprios e singulares no estado, mas nossa força está na diversidade. Um ambiente mais livre e mais plural contribui para que a economia criativa floresça”, analisou.
Para a sequência do programa, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa já deixou previsto os recursos para o Cria SP 2023. “O mais importante da política pública é sua continuidade”, garantiu. O Cria SP, integrante do programa de fomento Juntos pela Cultura – responsável pelo Revelando SP, Circuito SP, Tradição SP, entre outros – recebeu R$ 1,15 milhão para o desenvolvimento da ação este ano.
“Estamos muito satisfeitos com o resultado do Cria SP, conseguimos alcançar uma metodologia significativa e inovadora de trabalho, e o desafio para os municípios agora é seguir com a implantação do plano de ações definido”, disse Ananda Stücker, diretora de Desenvolvimento Institucional da Amigos da Arte.
Ao término do evento, a prefeita de São Luiz do Paraitinga, Ana Lucia Bilard, leu a carta pela Rede Paulista de Cidades Criativas, uma sequência de nove intenções que dá base para a implantação das ações propostas.
Cidades e vocações
– Bauru – cinema
– Cubatão – música
– Itanhaém – artesanato
– Presidente Prudente – música
– Ribeirão Preto – música
– Santa Bárbara d’Oeste – gastronomia
– Santa Fé do Sul – artesanato
– São Caetano do Sul – artesanato
– São Luiz do Paraitinga – música
– Sertãozinho – gastronomia
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