O senador Izalci Lucas (PL-DF), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (9), criticou a atuação do governo federal em relação à situação fiscal do país. Ele comparou a abordagem do governo a uma "receita mágica" que, ressaltou o senador, muitas vezes falha. O parlamentar afirmou que as medidas adotadas pelo Executivo são ineficazes e têm impacto negativo na vida dos cidadãos. E citou "aumentos constantes” nos preços de itens como gasolina, energia elétrica e alimentos.
Na opinião do senador, o anúncio feito com "alarde" na última quarta-feira (3) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que o arcabouço fiscal será cumprido, não tem perspectivas de bons resultados, dado que o limite de gastos, segundo Izalci, já foi ultrapassado.
— A realidade é que cumprir a lei deveria ser, no mínimo, o esperado de qualquer governo. No entanto, o arcabouço, tão falado, se mostrou um grande fiasco. Cumprir essa lei é quase impossível. Quando o próprio governo já não cumpre, já gastou demais, e as dívidas se acumulam, ele próprio não cumpre a lei. Como dizem, o buraco era bem mais embaixo, e aí tem a ver com as gastanças do governo, especialmente aquelas que não necessariamente deveriam ser feitas. Mas o povo sabe, acompanha e não está gostando nada disso — afirmou.
Izalci criticou ainda os cortes de gastos anunciados pelo governo, que podem chegar a R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias previstas para o Orçamento de 2025. Para o senador, em vez de programas sociais, os cortes deveriam atingir despesas desnecessárias. O parlamentar também alertou para o risco de uma aprovação apressada da reforma tributária, que, segundo ele, pode resultar em um aumento significativo da carga tributária, especialmente para o setor de serviços.
— Há muitas dúvidas, há muita incoerência, há muito aumento de imposto. E eu espero que esse texto não seja aprovado da forma como está sendo, com essa pressa toda, que vai aumentar a carga tributária, vai trazer aumento para vários setores, principalmente para a área de serviços, que terá um aumento inadmissível. E quem vai pagar essa conta é o contribuinte — enfatizou.
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