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CPI ouve ex-árbitro, ex-oficial de VAR e empresário acusado de manipular jogos

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas colherá três depoimentos na reunião da terça-feira (9), a partir das 15h30. Na primeira parte da...

06/07/2024 às 06h12
Por: Redação Fonte: Agência Senado
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Integrante da CPI, o senador Carlos Portinho apresentou requerimento para ouvir profissionais que atuaram com VAR - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Integrante da CPI, o senador Carlos Portinho apresentou requerimento para ouvir profissionais que atuaram com VAR - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas colherá três depoimentos na reunião da terça-feira (9), a partir das 15h30. Na primeira parte da reunião, serão ouvidos o ex-árbitro de futebol Manoel Serapião Filho e o ex-oficial do VAR Rômulo Meira Reis. Em seguida, deporá William Pereira Rogatto, que é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal por suspeita de participar da manipulação de jogos.

Ex-árbitro FIFA, Manoel Serapião Filho comparecerá à CPI após aprovação de requerimento do senador Carlos Portinho (PL-RJ). De acordo com o senador, Serapião é um dos idealizadores do VAR no Brasil e deverá falar sobre obrigações impostas pela Confederação Nacional do Futebol (CBF) aos árbitros. Rômulo Reis também foi convidado à CPI por requerimento de Portinho.

“Rômulo Meira Reis, em sua função anterior como oficial de integridade do VAR, possui conhecimentos técnicos e práticos sobre os protocolos e procedimentos associados à operação do sistema. Sua convocação como testemunha permitirá que esta CPI obtenha esclarecimentos valiosos sobre questões como a formação e treinamento dos árbitros de vídeo, a aplicação consistente dos protocolos do VAR e eventuais medidas adotadas para garantir a imparcialidade e transparência nas decisões arbitrais”, afirma Portinho.

Já William Rogatto presta depoimento à CPI por requerimento do relator do colegiado, o senador Romário (PL-RJ).

De acordo com o Ministério Público, afirma Romário, Rogatto se apresenta como empresário de atletas, “mas que tem operado na clandestinidade como manipulador profissional mediante a cooptação de jogadores, a venda de resultados arranjados e a realização de apostas”.

Já a Polícia Federal tem investigação que mostra mensagens de Rogatto “mencionando pagamentos a jogadores aliciados, realizando apostas fraudulentas e conversando com interlocutores sobre os lucros obtidos”, registra Romário.

“William Rogatto se destaca por conduzir, durante ao menos quatro anos, um poderoso esquema de manipulação de resultados no futebol com atuação nos estados de São Paulo, Sergipe e Distrito Federal, o que o levou a figurar com destaque em duas das mais importantes operações de investigação conduzidas no Brasil. Por esses motivos, torna-se imprescindível que esta CPI colha o depoimento do senhor William Pereira Rogatto”, acrescenta Romário.

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