O senador Marcio Bittar (União-AC), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (11), voltou a criticar a atuação das organizações não governamentais (ONGs) que, na opinião dele, dificultam o desenvolvimento na Região Amazônica, uma das mais pobres do país. Bittar também criticou a conduta do Ministério Público Federal (MPF), que, segundo ele, frequentemente paralisa obras importantes a pedido das ONGs.
— Agora mesmo, no estado de Rondônia, vizinho nosso lá do Acre, alguém do Ministério Público Federal entrou no Supremo Tribunal Federal para pedir a paralisação do processo de licenciamento de uma nova barragem, para gerar uma nova fonte de energia no estado de Rondônia. E sempre o argumento é porque vai fazer um açude. O que são 10 açudes, 10 barragens, 30 barragens numa região que é maior do que a Europa Ocidental? Enquanto isso, na Região Amazônica, em vários lugares, como é o caso de Roraima, continua-se a queimar combustível fóssil — disse.
Bittar afirmou também que as ONGs atrapalham, por exemplo, a pavimentação da BR-319, obra considerada uma ameaça ao meio ambiente por pesquisadores que estudam o desmatamento na Amazônia. O senador citou ainda impedimentos enfrentados para a construção da Ferrogrão, ferrovia estratégica para o escoamento da safra de milho e soja, interligando o Porto de Miritituba, no Pará, à cidade de Sinop, em Mato Grosso. Ele lembrou a interferência do presidente francês Emmanuel Macron, que, em viagem ao Brasil, declarou apoio a líderes indígenas contrários ao projeto.
— Quando veio aqui o Macron para se reunir com o [líder indígena] Raoni, recebeu dele um documento na presença do presidente da República, Lula, pedindo, "em nome" das lideranças indígenas ("em nome" entre aspas), que não se faça a Ferrogrão. Quer dizer que não se pode fazer a Ferrogrão?! A BR-319, a única rodovia, saiu do mapa do governo e não está mais nem em previsão — disse.
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