O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) informou, em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (16), que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai aos Estados Unidos defender e buscar apoio à agenda de tributação internacional dos super-ricos. O ministro vai participar da reunião de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Segundo o parlamentar, o Brasil deve apresentar proposta detalhada sobre o assunto até novembro, quando acontece o encontro da cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
Kajuru afirmou que relatórios especializados mostram que os bilionários do mundo contribuem com, no máximo, 0,5% de tributos. O senador pontuou que o problema levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a aprovar a criação de um comitê intergovernamental para abordar a cooperação fiscal internacional.
— Na avaliação da ONU, a evasão fiscal agressiva tem um efeito corrosivo na confiança pública, na integridade financeira, no Estado de direito e no desenvolvimento sustentável em todo o mundo. Em outras palavras, a riqueza concentrada em poucas pessoas e corporações prejudica a vida de muitos em todo o planeta. Assim, a criação de tributos sobre riqueza e lucros excedentes é vista pelos especialistas como essencial para amenizar as desigualdades que só aumentam [no mundo].
Kajuru fez duras críticas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por declarações contrárias ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Lira afirmou, na quinta-feira (11), que Padilha era incompetente.
— Quem é esse "ser", que nem de cidadão merece ser chamado, para desqualificar um homem público da envergadura moral de Alexandre Padilha, ministro do governo Lula, paulista reconhecido em todo o país, especialmente pela sua honradez, diferente de outros [...]. Quem é você, Arthur Lira? Você é um homem de negócio. Você usa a presidência da Câmara para quê todo dia? Para tornar o presidente da República seu refém?