Domingo, 24 de Novembro de 2024
15°C 25°C
Pariquera-Açu, SP
Publicidade

Violência escolar pode ser sanada com resolução de conflitos

Estudo mostra que 11% dos estudantes do país já tiveram experiência de violência no ambiente escolar, mas gestão preventiva pode reduzir números

Redação
Por: Redação Fonte: Agência Dino
27/03/2024 às 12h44
Violência escolar pode ser sanada com resolução de conflitos
Átila Lemos

Uma pesquisa elaborada pelo Instituto de Pesquisa DataSenado, em 2023, mostrou que o ambiente escolar é um ambiente onde ocorrem certos tipos de violência. O estudo estima que, dos 59,8 milhões de estudantes brasileiros, 6,7 milhões – cerca de 11% do total – já passaram por alguma experiência de violência na escola.

Segundo uma estimativa da própria pesquisa, dois em cada dez brasileiros enfrentaram problemas relacionados a violência no contexto escolar. Além disso, 36% dos entrevistados disseram já ter sofrido bullying no ambiente escolar, ao passo que 11% admitiram já ter praticado perseguição a algum colega. A maioria foi praticada pelos meninos.

“Não é de se espantar que a parcela de pessoas que se disseram vítimas de bullying seja maior do que a de quem admite ter praticado algum tipo de perseguição”, analisa Camila Pereira Linhares, CEO da Unniversa Soluções de Conflitos, empresa especializada em mediações, diálogo e cultura da paz. “O problema é que nem sempre esse tipo de rivalidade no ambiente escolar é tratado na perspectiva de uma solução. A vítima tende a resolver de outras formas: trocando de escola, aceitando a condição de violência e até mesmo submetendo-se a uma depressão grave”, alerta.

Jéssica Gonçalves, que também tem experiência em mediações de conflitos, concorda. A especialista defende que as relações de violência no convívio escolar podem ser resolvidas de forma pacífica, por meio de práticas restaurativas que tragam o foco para as famílias dos envolvidos e para a própria capacidade humana de enfrentar seus desafios.

“As práticas restaurativas se apresentam como um novo paradigma de resolução de conflitos e prevenção à violência e à criminalidade na vida escolar. A ideia é propor que todas as pessoas afetadas por um ato violento, sejam os próprios autores, a vítima, os familiares e a comunidade, dialoguem para transformar situações conflitivas em relações de cooperação e construção de resultados diferentes”, defende.

Educação transformadora

Para Camila Linhares, a resolução precisa incorporar motivações que vão para além das diferenças entres as partes envolvidas no conflito. A ideia é promover uma conversão absoluta do agente do bullying, de modo a exterminar um foco de violência na escola. Ela conta que a mediação de conflitos tem, inclusive, surpreendido pessoas que não acreditam na mudança de comportamento. 

“É possível transformar um jovem que pratica violência. Uma educação transformadora é capaz de ajudar crianças e adolescentes a desenvolverem habilidades socioemocionais e a superarem seus próprios desafios e limitações de maneira saudável e equilibrada. A mediação de conflitos vem alcançando isso”, finaliza.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
Pariquera-Açu, SP
18°
Tempo limpo
Mín. 15° Máx. 25°
18° Sensação
1.39 km/h Vento
82% Umidade
79% (0.42mm) Chance chuva
05h14 Nascer do sol
05h14 Pôr do sol
Segunda
28° 15°
Terça
35° 16°
Quarta
37° 19°
Quinta
39° 20°
Sexta
33° 21°
Economia
Dólar
R$ 5,80 +0,02%
Euro
R$ 6,04 +0,05%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,40%
Bitcoin
R$ 600,631,33 -1,35%
Ibovespa
129,125,51 pts 1.74%
Enquete
Nenhuma enquete cadastrada