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Rodrigo Garcia vê adversários ‘estacionados’ e aposta na campanha para crescer

Governador e candidato à reeleição participou da sabatina 'Estadão’/FAAP'; veja os principais temas abordados

Redação
Por: Redação Fonte: Estadão
23/08/2022 às 10h56
Rodrigo Garcia vê adversários ‘estacionados’ e aposta na campanha para crescer
O candidato ao governo de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB) participou na manhã desta segunda-feira (22), da sabatina promovida pelo jornal O Estado de S.Paulo, em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).


Garcia tem na ponta da língua dados do Estado, números, detalhes da administração. Fala minutos e mais minutos sobre eles. Nesse ponto, lembra muito o ex-governador Geraldo Alckmin, hoje candidato a vice-presidente na chapa de Lula.

Pesquisas

 
Garcia, avalia que seus adversários estão “estacionados” nas pesquisas de intenção de voto, enquanto ele tem crescido paulatinamente. Com o começo da campanha eleitoral na semana passada, ele acredita que tem mais chances de ultrapassar Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos).
 
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“Estou muito confiante, porque quanto mais pessoas me conhecem em São Paulo, quanto maior o número de eleitores que têm acesso à minha história de vida e às minhas ideias, eu tenho crescido nas pesquisas”, afirmou o candidato tucano durante sabatina promovida pelo Estadão, em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). Pesquisa da Real Time Big Data divulgada nesta segunda-feira, atribuiu 20% das intenções de voto ao tucano, empatado em segundo lugar com Tarcísio, com os mesmos 20%, e atrás de Haddad, que tem 34%.
 
“Muitas vezes os candidatos e jornalistas são ansiosos, a campanha está começando”, afirmou o tucano. “A eleição vai evidenciar a história, o preparado e o conhecimento de cada um”.
Isenção de impostos para os mais pobres 
 
O governador prometeu isentar do pagamento de impostos a população em situação de extrema pobreza que vive no Estado. Se reeleito, já em 2023 irá colocar a proposta em prática por meio da nota fiscal paulista. “O governo vai devolver o imposto pago por essas famílias carentes”, disse.
 
Segundo o candidato, cada família poderia inscrever um número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) em notas fiscais e o governo do Estado devolveria o imposto pago nessas transações comerciais.
 
Legado
 
O atual governador Rodrigo Garcia minimizou críticas de que ele teria se “apropriado” do legado do PSDB durante sua campanha à reeleição. “Eu participei dos governos do PSDB em São Paulo, seja como secretário, presidente da Assembleia, ou como deputado estadual”, declarou Garcia.
 
“Eu me sinto participe dessa construção. Construção de governo não é uma construção individual, não é um governador que faz nada sozinho”, afirmou. Com relação ao Bom Prato, Garcia lembrou de sua atuação como secretário de desenvolvimento social: “tem a minha história ali.” Com relação ao Poupatempo, outro programa da gestão tucana, ele lembrou da sua atuação como secretário de governo que “montou a grande expansão” do programa.
 
“Não estou aqui para me apropriar de nada, estou aqui para contar uma história que eu vivi, que eu participei, e que tem a minha contribuição efetiva”, afirmou também durante a sabatina.
 
Política, fora do quartel
 
O governador afirmou que pretende manter o veto à presença de policiais e militares da ativa a atos políticos no Estado. "Política, fora do quartel. A manifestação, ela é livre a funcionários públicos de qualquer natureza sem farda e fora do quartel. Agora, dentro do quartel, em horário de trabalho, a Polícia Militar não admite esse tipo de manifestação", disse.
 
Guerra ideológica
 
O tucano afirmou que a “guerra ideológica” existente hoje no Brasil prejudicou o Estado de São Paulo, que deixou de receber recursos federais. 
 
Garcia elegeu Haddad como adversário a ser batido. Afirmou que o petista foi o pior prefeito da capital e, por isso, perdeu a reeleição, e destacou algumas políticas comandadas por ele, como o programa De Braços Abertos (para ação na cracolândia), que classificou como “bolsa crack”.
 
“Eu já sei o que não fazer com a cracolândia, que foi o que o Haddad fez na época que ele era prefeito, o “bolsa crack’. A política de redução de danos não deu certo [...] Os traficantes agradeciam o dinheiro do ‘bolsa crack’ porque aumentou o comércio de drogas no centro da cidade de São Paulo com o dinheiro público”, afirmou. Garcia, no entanto, não apresentou números oficiais nem mencionou que a ação atual defendida pelo Estado espalhou usuários pelo centro e gerou medo e críticas entre moradores da região.
 
Perguntado sobre o tipo de relação que teria com Bolsonaro ou Lula - caso um dos dois seja eleito em outubro -, Garcia se comprometeu a manter um “diálogo republicano” com quem quer que seja e não mencionou a candidata à Presidência que seu partido apoia, a senadora Simone Tebet (MDB).
 
Sobre Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro no Estado, o tucano ressaltou o fato de ele não ser de São Paulo. “Chegou agora”, afirmou.
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