Em um esforço para aprimorar a gestão hídrica em Minas Gerais, a Coca-Cola destinou mais de R$ 1 milhão para investigações aprofundadas sobre aquíferos na região. É o que traz a notícia desenvolvida pelo O Tempo.
Desde a instalação de sua maior fábrica no Brasil, localizada na Serra da Moeda, em Itabirito/MG, a Coca-Cola FEMSA está comprometida em analisar os recursos hídricos dos aquíferos Cauê e Gandarela.
O objetivo foi proporcionar um uso mais eficiente desses recursos, beneficiando não apenas a empresa, mas também a comunidade, o governo e demais indústrias que desempenham suas atividades na área.
Afonso Smiderle, Diretor da AVS Poços Artesianos, empresa localizada em Campinas/SP, traz a sua visão sobre o tema: “Existem dois métodos bem conhecidos que podem ajudar a determinar as chances de um local ter água contínua. O primeiro deles é o estudo hidrogeológico, uma abordagem que visa entender a dinâmica das águas subterrâneas em uma determinada região. Esse método envolve análises das características geológicas e hidrológicas do subsolo, proporcionando informações sobre a presença e comportamento dos aquíferos.”
O segundo método mencionado por Smiderle é a geofísica, uma técnica avançada que emprega instrumentos para medir as propriedades físicas do subsolo, incluindo a resistividade elétrica. Esta técnica possibilita o mapeamento preciso das camadas subterrâneas, facilitando a identificação de zonas com potencial para reservatórios de água. Ele enfatiza que, através do levantamento geofísico, é possível diferenciar áreas compostas por rocha das que contêm água, contribuindo significativamente para a eficiência na localização de poços.
Ainda de acordo com o Diretor, a combinação desses métodos oferece uma avaliação mais abrangente e confiável para a localização de pontos de perfuração, assegurando não apenas a presença de água, mas também sua disponibilidade contínua.
Entretanto, Afonso pontua que “Muitas pessoas desconhecem as normas que regem a perfuração desses poços, como a ABNT NBR 12212, que trata da captação de água subterrânea, e a NBR 12244, que aborda a construção de poços tubulares.”
A surpresa vai além, pois a Lei Federal 9433/97, que estabelece a Política Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, impõe diretrizes adicionais. Autoridades responsáveis pela gestão hídrica na região onde o poço será construído têm o papel de emitir as licenças necessárias, garantindo que o processo ocorra em conformidade com a legislação.
“Ao atender às normativas e obter as licenças pertinentes das autoridades locais, os empreendedores e proprietários de poços artesianos se resguardam legalmente e contribuem para a preservação dos recursos hídricos, fortalecendo a política nacional de gestão ambiental”, finaliza o Diretor da AVS.
Para entender mais, basta acessar @avs_pocos no Instagram.
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