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Entretenimento Casa e Família

Corrida das crianças para fazer xixi pode ser um alerta

O urologista Carlo Passerotti afirma que a simples observação desse comportamento pode evitar infecções que afetam o aparelho urinário

16/01/2024 às 11h15 Atualizada em 16/01/2024 às 11h37
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Os especialistas em doenças do aparelho urinário apontam que a corrida da criança ao banheiro pode ser um ponto de atenção para os pais. Para eles, o gesto quase natural indica que aquela criança prendeu o xixi por tanto tempo, que só correu para o banheiro quando já não aguentava mais segurar a vontade de urinar. O Manual de UroPediatria para médicos, produzido em conjunto pelas Sociedades Brasileiras de Urologia e Pediatria, aponta o comportamento da criança como um alerta para os pais identificarem eventuais Infecções do Trato Urinário (ITU) nos filhos.

De acordo com a publicação, os pais devem ficar atentos às chamadas “manobras de retenção” que atitudes corporais das crianças, como o cruzamento das pernas para apertar ou tracionar a genitália, ou acocorar-se pressionando o períneo contra os calcanhares para impedir ou retardar à micção. 

O Manual de UroPediatria serve como guia para os pediatras identificarem as doenças do aparelho urinário ainda no consultório e indicarem o tratamento mais adequado para cada caso, especialmente as Infecções do Trato Urinário (ITU) que atingem 2% dos meninos até 2 anos e até 11% das meninas até os 7 anos.  

Segundo o urologista Carlo Passerotti, os pais devem ficar alertas quando as crianças começam a correr para o banheiro, porque esse gesto quase natural, de forma repetida, pode levar à ITU. “Se essa criança prendeu o xixi por muito tempo, significa que ela só correu para o banheiro quando não aguentou mais segurar a vontade de urinar. E é nessa retenção sistemática que está o maior problema”. 

O urologista explica que as Infecções do Trato Urinário são um marcador importante anomalias, nos rins, na bexiga ou no canal da uretra. “Há, por exemplo, o risco de sepse e de cicatrizes renais, que a longo prazo, podem levar a problemas mais sérios, como cálculos renais, hipertensão e até a pielonefrite – que causa perda da função renal”, acrescenta Passerotti. 

O especialista orienta aos pais que o treinamento miccional, ou uma conscientização da criança, podem impedir o desenvolvimento da ITU. Mas, o médico enfatiza, se a criança apresentar qualquer sintoma, ela deve passar por uma avaliação médica imediata. “Quanto mais rápida for a ação dos pais a qualquer sinal de dor na região abdominal e de dificuldades de a criança urinar, mais eficiente será o tratamento e maiores serão as chances de impedir a evolução do quadro para um problema mais grave”, finaliza.  

Sobre o Dr. Carlo Passerotti 

CRM 100530 SP - CNRM 729541 - CNRM 599501

Estudou Medicina na Escola Paulista de Medicina (EPM), e também mestrado e doutorado na Universidade Federal de São Paulo. Pós-doutorado em cirurgia robótica na Harvard Medical School, Boston, onde foi o primeiro brasileiro a ser certificado e treinado em cirurgia robótica. Atualmente é Professor Livre-docente pela Faculdade de Medicina da USP, orientador na pós-graduação da Universidade de São Paulo, e coordenador do serviço de Urologia e Cirurgia Robótica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. 

Redes sociais: 

Instagram: www.instagram.com/carlo.passerotti 

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