Em um pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (28), o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) declarou-se contrário à indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF). O senador questionou a atuação de Dino durante os ataques contra as sedes dos Poderes no dia 8 de janeiro. O parlamentar também se manifestou contra o nome do procurador Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
— Flávio Dino concorre hoje a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, não com o meu voto. [...] Onde estavam as informações que Flávio Dino tinha sobre as questões de 8 de janeiro? A Força Nacional, por que não entrou em campo? Sabia-se do processo. Eles tinham informações e esta Casa as solicitou [...]. O governo sabia do que aconteceria no 8 de janeiro, e não fizeram absolutamente nada. [...] Onde é que estão as imagens que a CPI solicitou? O ministro também não liberou as imagens do que aconteceu no Palácio Planalto ou em qualquer órgão — disse Heinze.
Heinze voltou a criticar os ministros do STF. Ele apontou “atuação política” de Luís Roberto Barroso, presidente da corte, cujo discurso a seu ver "não condiz com a imparcialidade esperada de um ministro do Supremo".
— Imaginem o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, discursando num evento da UNE: 'Nós derrotamos o bolsonarismo'. Se fosse um senador da esquerda ou da direita, um deputado de qualquer partido, não teria problema, porque é legítimo nós, políticos, fazermos as nossas falas, mas não se pode esperar de um ministro do Supremo, hoje presidente do Supremo, falar nesse sentido — criticou.