O projeto EducaTrilha na Escola busca ajudar professores da rede pública a elaborar projetos de educação ambiental, cultura, saúde e bem estar. Uma iniciativa da Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística ( Semil ), por meio do Instituto de Pesquisas Ambientais ( IPA ), em parceria com a Prefeitura de Piracicaba, com o Laboratório de Educação e Política Ambiental (Oca/ESALQ/USP) e a Fundação Florestal (FF).
Por meio de formações e monitorias, os professores das escolas participantes desenvolvem atividades que estimulam nos estudantes um novo olhar para a relação com a natureza e a cultura local. Além das atividades em ambiente escolar, há visitas à Estação Experimental de Tupi e viagens dos professores das escolas vencedoras a núcleos do Parque Estadual da Serra do Mar, equipamentos geridos pela Fundação Florestal e Semil.
Os professores têm total liberdade para propor as metodologias de trabalho e o conteúdo, desde que obedeçam a 10 critérios: participação das escolas; atividades conectadas e participativas; envolvimento da comunidade escolar; contribuição do projeto para políticas públicas de meio ambiente; integração das atividades com outros projetos escolares; abordagem do pensamento crítico; ênfase no protagonismo estudantil; avaliações em oito dimensões; continuidade das atividades e qualidade do portfólio final, examinado por uma banca de especialistas.
É exigido, também, que o conteúdo se relacione com os critérios de pontuação do programa, que são baseados nas políticas Nacional, Estadual e Municipal de Educação Ambiental; nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável; nos currículos municipal e estadual, e na Base Nacional Comum Curricular.
“O EducaTrilha na Escola mostra como a união entre o setor público, a academia, a sociedade civil e o setor privado podem gerar resultados maravilhosos na direção de um mundo mais sustentável”, afirma a especialista ambiental do IPA e coordenadora do programa, Maria Luísa Bonazzi Palmieri.
Ao longo do ano, o programa ofereceu 15 encontros formativos, 32 encontros de tutoria com professores e coordenadores pedagógicos, e 30 visitas escolares ao Horto de Tupi, beneficiando um número igual de escolas. Durante esse processo, cada unidade elaborou um portfólio com todas as atividades desenvolvidas no âmbito escolar e nas visitas.
Os números mostram a evolução do projeto, com os beneficiados saltando para 14 mil pessoas, visto que as ações envolveram professores, estudantes e membros da comunidade. Além disso, o total de instituições envolvidas na organização mais que dobrou, passando de 10 para 25, envolvendo estado, município, universidade e setor privado.
Para Laís Ferraz de Camargo, educadora ambiental da Secretaria Municipal de Educação de Piracicaba e também coordenadora do programa, o programa extrapola a simples formação, sendo um conceito transdisciplinar com conteúdos que dialogam entre si. “É uma oportunidade para os educadores e escolas vivenciarem a educação ambiental na prática e de forma integrada, além de poderem partilhar experiências exitosas”, afirma.
Premiação –Os melhores portfólios foram anunciados no início do mês em Piracicaba. Ao todo, foram seis escolas vencedoras (três professores ou gestores por escola) em seis categorias. A premiação é uma experiência imersiva em trilhas, atividades formativas e visitas às comunidades quilombolas no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, nos dias 18 a 20 deste mês.
Escolas vencedoras
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