Os valores das transferências voluntárias do governo federal para o estado de São Paulo caíram 36,5% com Jair Bolsonaro (PL) em relação ao antecessor, Michel Temer (MDB), mostra levantamento da Secretaria da Fazenda da administração paulista.
Nos três anos do emedebista (2016-2018) foram transferidos R$ 3,3 bilhões. Com Bolsonaro (2019-2021) foram repassados R$ 2,1 bilhões, em valores corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Essas transferências não são obrigatórias por lei e dependem de acordos entre governos.
Em 2019, as transferências voluntárias foram de R$ 1 bilhão, depois caíram para R$ 608 milhões e, em 2021, ficaram em R$ 478 milhões. O enxugamento coincidiu com o desgaste progressivo da relação entre Bolsonaro e o então governador João Doria, que hoje é candidato à Presidência pelo PSDB.
Com Temer, as transferências subiram ano a ano: R$ 989 milhões, R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão.
A relação de Bolsonaro com São Paulo será explorada por adversários de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa pelo Governo de São Paulo.
Ele é acusado, por exemplo, de ter prejudicado SP e ajudado o Rio de Janeiro como ministro da Infraestrutura na duplicação da Rio-Santos, que só contemplou o trecho fluminense.