Economia São Paulo
Estudo da Fundação Seade aponta que mulheres são 90% dos cuidadores em SP
Quase metade desses profissionais também era responsável pelos afazeres domésticos
14/03/2023 12h45 Atualizada há 2 anos
Por: Redação Fonte: Secom Estado de São Paulo

Em 2021, do total de cuidadores de enfermos, crianças, pessoas com deficiência e idosos no Estado de São Paulo, 90% são mulheres, das quais 90% são parentes e residentes no domicílio, de acordo com estudo da Fundação Seade do Governo de SP.

Entre os cuidadores de crianças de até cinco anos, o porcentual de mulheres atingiu 95%, com 94% sendo parentes que residem no domicílio. Os cuidadores de deficientes compunham o segundo contingente com maior proporção de mulheres (90%), o mesmo ocorrendo com a parcela de cuidadores parentes e que residem no domicílio (93%).

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Os cuidadores dos enfermos também eram majoritariamente mulheres (84%) e parentes residentes no domicílio (88%).

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Entre os idosos, nas famílias com pessoas de até 70 anos, as mulheres representavam 73% dos cuidadores e 82% eram parentes residentes no domicílio (82%). Já entre os idosos com 71 anos e mais, é maior a proporção de mulheres no trabalho de cuidado (84%) e menor em relação ao parentesco (72%).

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A parcela de cuidadores que tinham sob sua responsabilidade mais de uma pessoa varia entre 15% e 26%, com os maiores percentuais observados entre os cuidadores de enfermos e de idosos de até 70 anos.

Quase metade dos cuidadores (44%) também era responsável pelos afazeres domésticos. Conciliavam os cuidados com o trabalho no próprio domicílio de forma remunerada 16% dos cuidadores, 12% trabalhavam fora do domicílio e 14% estavam sem trabalho.

Do total de cuidadores, 7% foram contratadas, sendo a maior parte (94%) diretamente pelos moradores do domicílio. A contratação por cooperativa ou agência corresponde a cerca de 5%, e 32% possuíam curso relacionado aos cuidados ou à área de saúde.

Cuidadores por faixa etária

A maioria dos cuidadores possuíam entre 30 e 59 anos (63%). Os cuidadores de crianças com até cinco anos eram mais jovens, com 95% com menos de 60 anos e 20% com menos de 30 anos.

Já os cuidadores de idosos eram mais velhos, com 46% tendo mais de 60 anos nas famílias com idosos de até 70 anos que precisavam de cuidados e 40% naquelas com idosos de 71 anos e mais.

Sobre

A pesquisa Cuidados no Domicílio buscou identificar como as famílias paulistas se organizavam, em 2021, para os cuidados de crianças, idosos, pessoas com deficiências e com doenças crônicas que necessitavam de cuidados. Esta pesquisa integra uma linha experimental, que combina métodos inovadores de amostragem, de coleta da informação e de geração de indicadores.