O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se filiou na manhã desta quarta-feira (23) ao PSB.
Com a entrada na legenda, Alckmin dá mais um passo em direção à formação de uma chapa com o ex-presidente Lula (PT) para a disputa da Presidência da República.
Em seu primeiro discurso após a filiação ao PSB, Alckmin defendeu o apoio do partido à candidatura de Lula e disse que o petista é, hoje, "aquele que melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro".
O ato aconteceu em Brasília, contou com a presença de políticos e parlamentares do PSB e do PT, e foi marcado por críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
As negociações para que o ex-tucano e ex-adversário petista seja o vice de Lula nas eleições de 2022 vêm se desenrolando nos últimos meses.
Em entrevista na semana passada, Lula disse que ele e Alckmin estão em "um processo de conversação".
Apesar da resistência de setores do PT ao nome de Alckmin, as negociações estão avançadas e, de acordo com a colunista do g1 e da GloboNews, Natuza Nery, a previsão é de que a chapa Lula-Alckmin seja anunciada em meados de abril.
Já segundo o blog da jornalista Andreia Sadi, Lula e Alckmin conversaram nos últimos dias para acertar detalhes da pré-campanha presidencial. Os dois devem começar a viajar pelo país no próximo mês.
O ingresso de Alckmin no PSB se dá a dez dias do prazo limite para que candidatos que queiram disputar a eleição deste ano estejam filiados a um partido político.Lula não compareceu ao ato de filiação de Alckmin ao PSB. Entre os petistas, estiveram presentes a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, e o líder do PT na câmara, Reginaldo Lopes (MG).
Também estavam no ato o presidente do PSB, Carlos Siqueira; o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande; o governador do Maranhão, Flávio Dino; além de parlamentares. O prefeito de Recife e filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, também compareceu.