A aposta do Governo de São Paulo em inovação para fortalecer a atenção primária à saúde está avançando no estado. O serviço de teleatendimento da atenção básica, o TeleAPS, completou um ano de operação, em abril, com mais de 25 mil atendimentos realizados e cerca de 15 mil pacientes atendidos em 60 municípios paulistas.
Anunciado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), o programa Saúde Digital Paulista tem como foco apoiar e melhorar a resolutividade, ampliar o acesso e qualificar profissionais. O TeleAPS oferece atendimento médico remoto a pacientes das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), com teleconsultas, além de assistência domiciliar remota para pacientes crônicos. Desde o lançamento, o número de UBSs com o serviço dobrou: de 30 para 60.
“A saúde digital é uma aliada estratégica para melhorar a eficiência, a qualidade do atendimento e a gestão de recursos públicos. O TeleAPS é uma das principais frentes de saúde digital hoje em funcionamento na rede pública do estado, O programa como um todo segue investindo na expansão dos serviços e na capacitação dos profissionais da rede, avaliando requisitos de infraestrutura importantes, tais como conectividade, sistemas e plataformas”, afirma Cristina Balestrin, coordenadora de Saúde Digital da SES-SP.
Criado dentro do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Saúde Digital (PDI), em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), o TeleAPS apresentou uma taxa de resolutividade de 83%, ou seja, a maioria das demandas foi solucionada sem necessidade de encaminhamento a especialistas. O modelo se destaca como ferramenta eficiente para apoiar e aumentar a resolutividade na atenção primária à saúde e oferecer atendimento qualificado de forma remota.
Os atendimentos são gerenciados e monitorados por meio do Centro Líder de Inovação em Saúde Digital do Estado, na capital paulista, que conta com 98 estações de teleatendimento e um painel de monitoramento em tempo real, que auxilia na tomada de decisões. O espaço conecta tecnologias de ponta voltadas à saúde digital, dando suporte aos quatro modelos de telessaúde em desenvolvimento: atenção primária, especializada, hospitalar e atendimento à população privada de liberdade.
O programa Saúde Digital Paulista vem acelerando a transformação tecnológica no SUS em São Paulo. Ao lado dos serviços de telessaúde, o programa também investe em infraestrutura, interoperabilidade de sistemas, paineis de monitoramento, uso de dados para formulação de políticas públicas e formação em saúde digital. O atendimento remoto já alcança 143 municípios. Os dados são públicos e estão disponíveis no Núcleo de Informações Estratégicas em Saúde (NIES).
O Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Saúde Digital (PDI Saúde Digital), realizado em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), é uma iniciativa para qualificar, ampliar e facilitar o acesso do cidadão à assistência à saúde. Baseado nos conceitos de transformação digital, o programa busca a disrupção em diversas áreas por meio da validação de novos métodos, processos, fluxos e estruturas que possam ser escalados visando assistência de qualidade e segurança.
O PD&I engloba, além de iniciativas estruturantes, como mapeamento tecnológico e de ofertas de telessaúde já existentes, iniciativas assistenciais: TeleAPS, voltada à Atenção Primária à Saúde; TeleUTI, destinado à teleconsultoria para terapia intensiva; TeleSAP, orientado para o teleatendimento em Atenção Primária à Saúde e Atenção Especializada às pessoas privadas de Liberdade e AME+Digital, focado no teleatendimento médico de Especialidades.