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Filha de Lexa morre três dias após parto; cantora enfrentou pré-eclâmpsia precoce durante a gravidez
Os sinais e riscos da condição, que afeta cerca de 5 a 8% das gestantes, exige atenção imediata; Especialista tira principais dúvidas sobre a complicação
11/02/2025 12h37
Por: Redação Fonte: DIGITAL TRIX

A cantora Lexa anunciou, na tarde desta segunda-feira (10), a morte de sua filha Sofia, fruto de seu relacionamento com Ricardo Vianna. A bebê nasceu prematura no domingo, 2 de fevereiro, mas faleceu três dias após o nascimento. O anúncio foi feito pela artista em suas redes sociais. “Agora tô buscando um rumo na minha vida, uma parte de mim se foi”.

Lexa enfrentou complicações durante a gravidez, sendo diagnosticada com pré-eclâmpsia precoce aos seis meses de gestação, condição que evoluiu para síndrome de HELLP. Por conta disso, ela ficou internada por 17 dias na Unidade Semi-intensiva, em São Paulo, desde o dia 21 de janeiro. Durante esse período, a cantora passou por um tratamento intensivo, incluindo o uso de medicamentos como Clexane e sulfato de magnésio, além de ter coletado mais de 100 tubos de sangue para exames.

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Em um relato emocionado, a cantora detalhou os desafios enfrentados: “Eu tomei AAS e cálcio na gestação toda, fiz um pré-natal perfeito, fiz tudo, mas minha pré-eclâmpsia foi muito precoce, extremamente rara e grave… o meu fígado começou a comprometer, os meus rins e o doppler da minha bebezinha também… mais um dia e eu não estaria aqui pra contar nem a minha história e nem a dela”. 

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Segundo dados da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a complicação afeta cerca de 5 a 8% das mulheres durante a gestação. Caracterizada pelo aumento da pressão arterial durante a gravidez, a condição demonstra sinais como inchaço excessivo, dores de cabeça intensas e a presença de proteínas na urina. 

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Embora nem sempre apresente sintomas claros no início, ela pode evoluir rapidamente, colocando em risco a vida da mãe e do bebê. “Esses sintomas podem indicar que algo não está bem e devem ser investigados o quanto antes”, explica Fernanda Nunes, ginecologista da clínica Atma Soma.

De acordo com a especialista, a condição pode ocorrer a partir da 20ª semana de gestação, mas é mais comum no terceiro trimestre. “Exames pré-natais frequentes são essenciais para detectar sinais precoces e evitar complicações”, complementa.

O que pode causar a pré-eclâmpsia?

A condição não tem uma causa única definida, mas está relacionada a fatores como alterações nos vasos sanguíneos e resposta imunológica da mãe ao bebê. Se não tratada, pode evoluir para eclâmpsia, caracterizada por convulsões, ou síndrome HELLP, que envolve comprometimento do fígado e plaquetas.

“Descobrir que há um problema na gravidez pode ser um momento de muita tensão. Por isso, ter uma equipe que acolha e oriente é fundamental para o bem-estar físico e emocional da gestante”, destaca a ginecologista.

Existe tratamento?

O tratamento pode incluir repouso, medicamentos para controlar a pressão arterial e, em casos graves, a necessidade de adiantar o parto para proteger a vida da mãe e do bebê. 

“A principal meta é prolongar a gravidez o máximo possível sem comprometer a saúde de ambos. Isso exige uma avaliação individualizada e constante”. Nos casos mais graves, em que há risco de vida, o parto prematuro pode ser necessário. “Em algumas situações, mesmo que o bebê ainda não esteja a termo, o parto é a única solução para preservar mãe e filho”, explica.

Vale lembrar ainda que o acompanhamento pós-parto também é essencial, pois a pré-eclâmpsia pode persistir ou surgir após o nascimento do bebê, o que reforça a importância de uma monitorização cautelosa. “O cuidado com a saúde é prioridade em todas as gestações e que, ao menor sinal de anormalidade, é essencial buscar avaliação profissional”, finaliza. 

De olho nos sinais

  1. Hipertensão arterial
  1. Proteinúria
  1. Inchaço (edema)
  1. Ganho de peso rápido
  1. Dor de cabeça intensa
  1. Alterações na visão
  1. Dor no abdómen superior direito
  1. Náuseas e vómitos
  1. Redução na produção de urina
  1. Falta de ar

Sobre a Atma Soma

Liderada pela endocrinologista Alessandra Rascovski, a Atma Soma tem foco na prática da medicina de soma, unindo várias especialidades em prol dos pacientes, respeitando a sua individualidade e oferecendo a ele uma vida longa e autônoma.

A clínica conta com um time de médicos e profissionais assistenciais de diversas áreas como endocrinologia, urologia, ginecologia, nutrição, gastroenterologia, geriatria, dermatologia, estética, medicina oriental e ayurveda, com olhar dedicado à prática do cuidado focado no eixo neurocognitivo, metabólico e hormonal.