A senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), em pronunciamento nesta terça-feira (16), expressou preocupação com o aumento da criminalidade no Brasil. A senadora destacou dados de uma pesquisa divulgada recentemente pela Quaest, apontando que a a sensação de insegurança entre os brasileiros aumentou de 12% para 21% entre abril do ano passado e julho de 2024. Para a senadora, essa estatística apenas confirma o sentimento de impotência que assola o país há décadas.
— Vivemos em um país onde quem manda nos presídios são as facções criminosas, em um país onde se normalizou, principalmente nas periferias, que as crianças convivam com corpos nas ruas quando saem para a escola de manhã. Normalizamos a disputa do tráfico de drogas; normalizamos as milícias armadas — e isso não tem lado político e não tem partido, é uma sucessão de erros de todos os governantes. Não entendo como isso não é prioridade número um do Brasil. E tenho feito a minha parte. Mais da metade de meus projetos, são para combater crimes, seja crime organizado, que age dentro dos presídios, seja o covarde e absurdo crime de feminicídio — disse.
A senadora também elogiou o esforço do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para incluir o Sistema Único de Segurança Pública na Constituição e reforçou a necessidade de uma maior cooperação entre as diversas forças policiais para combater as facções criminosas.
— Quem tem que ser organizado é o poder público, não o crime. Mas acho que precisamos ser ainda mais ousados. No pacote anti-impunidade que apresentei ao Senado, a gente traz propostas que são polêmicas, mas são inovadoras: acabar com o regime semiaberto; deixar o líder de facção preso até cumprir 75% da pena, em regime fechado, dentro do presídio; aumentar o tempo longe da sociedade daquele cara que mata pela facção, mesmo sendo menor de idade. Tudo isso eu coloquei em discussão para que a gente se reinvente, para que sejamos combativos. O bandido tem que voltar a ter medo da polícia, ter medo do Estado. O vagabundo que se acha no direito de levantar a mão para uma mulher tem que ser punido por isso. Esse é o papel do Estado — afirmou.