A indicação do diplomata Luciano Mazza de Andrade para o cargo de embaixador do Brasil em Singapura foi confirmada nesta quarta-feira (10) pelo Plenário do Senado por 44 votos a favor e dois contrários. A mensagem presidencial ( MSF 22/2024 ) foi relatada na Comissão de Relações Exteriores (CRE) pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
O diplomata Luciano Mazza de Andrade é bacharel em direito pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em direito europeu pela Escola de Economia e Ciência Política de Londres (Inglaterra). Ingressou no Instituto Rio Branco em 1995 e, desde então, atuou em representações brasileiras em Londres, Camberra (Austrália) e Lisboa (Portugal).
Durante a sabatina na CRE, na manhã desta quarta-feira, Luciano Mazza de Andrade disse que Singapura tem uma abertura natural para o comércio internacional.
— É um país que aposta em um modelo de eficiência, alta competitividade e abertura econômica. Singapura busca se projetar como um grande entreposto, uma plataforma de comércio exterior, negócios e serviços. Faz-se valer de um entorno geográfico muito particular e da falta de recursos próprios, o que faz com que a vocação para a abertura e para o comércio internacional seja algo absolutamente natural para o país — informou o diplomata.
O senador Mourão lembrou que, em 1965, o Brasil foi o primeiro país latino-americano a reconhecer a independência de Singapura, após décadas de ocupação britânica. A primeira embaixada brasileira no país foi instalada em 1979.
— A aposta nas relações bilaterais deu muito certo. A economia singapurense teve crescimento vertiginoso após a sua independência, com a multiplicação do produto interno bruto da ordem de 15 vezes entre 1960 e 1980. Atualmente, o país é um dos principaishubsfinanceiros e logísticos globais, com importante convergência de capitais norte-americanos, japoneses, europeus, indianos e chineses. Singapura atingiu em 2023 a invejável posição de 8º maior destino das exportações brasileiras, à frente de parceiros muito mais tradicionais como a Alemanha e o Japão — destacou o relator.