Geral São Paulo
Como drones e satélites ajudam no combate e prevenção de incêndios em SP
Além dos equipamentos que sobrevoam unidades de conservação, Governo de SP conta com mapas que monitoram focos de incêndios em tempo real O post Co...
21/06/2024 12h22
Por: Redação Fonte: Secom SP

O Governo de São Paulo intensifica neste mês de junho as ações de mitigação e combate a incêndios florestais com a nova etapa da operação SP Sem Fogo . Diferentes ferramentas tecnológicas auxiliam as equipes dos órgãos estaduais no monitoramento de queimadas em vegetação durante o período de estiagem.

Entre os equipamentos utilizados estão os drones termais. A ferramenta empregada pela Fundação Florestal, órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística ( Semil ), faz o monitoramento em tempo real de possíveis focos de incêndio em unidades de conservação.

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Por meio de câmeras térmicas, os drones são capazes de detectar pontos de calor, mesmo sob densa vegetação, facilitando a identificação do fogo e permitindo uma ação mais precisa.

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“O uso do drone é bastante intenso na fiscalização no dia a dia. Principalmente em áreas remotas ou com topografia mais acidentada, ajuda a dizer para onde o fogo está caminhando”, explica Vladimir Arrais, coordenador da SP Sem Fogo pela Fundação Florestal.

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A tecnologia presente nas câmeras transforma a radiação infravermelha em imagens visíveis ao olho humano. O sensor de calor é sensível a qualquer objeto ou corpo aquecido a uma temperatura maior que zero absoluto (-273 °C) com emissão de ondas eletromagnéticas.

Além de focos de incêndio, a câmera termal ajuda na identificação de concentrações de fauna e até de pessoas, o que auxilia no trabalho de procura e resgate de eventuais vítimas. Os drones são distribuídos pelos polos regionais da Fundação Florestal. São 32 equipamentos no total.

“Quando você levanta e aciona a câmera, o drone indica a intensidade de calor daquela região. Isso é usado inclusive para identificar uma pessoa que se perde, devido ao calor emitido pelo próprio corpo”, relata Arrais.

Os drones também são empregados no pós-incêndio, para medir a área atingida e identificar possíveis pontos onde o fogo pode voltar. “No rescaldo, quando se termina de apagar o fogo, a gente levanta o drone para ele apontar se tem alguma área quente ainda que possa criar algum tipo de reignição. Por último, também usamos a ferramenta para aferir a área queimada”, explica o coordenador da SP Sem Fogo.

>Fundação Florestal realiza ações de prevenção de incêndios nas unidades de conservação do estado

Tecnologia contra incêndios

A tecnologia está no centro das ações de combate e prevenção contra incêndios do Governo de São Paulo. Além dos drones da Fundação Florestal, o monitoramento de queimadas também é feito por dois mapas da Defesa Civil que, graças a algoritmos e satélites, conseguem detectar possíveis riscos de incêndio ou identificar focos de queimada já existentes.

O Mapa de Risco de Incêndio funciona como uma ferramenta preventiva. Com base em modelos meteorológicos, é possível identificar as chances de incêndio em determinado local. Isso é feito a partir de algoritmos que compilam dados sobre elementos como o nível de chuva dos últimos dias, cobertura vegetal, umidade do ar e do solo, temperatura e velocidade do vento.

“A partir disso, conseguimos visualizar alguns cenários críticos que podem acontecer dois ou três dias depois e emitir um alerta do centro de gerenciamento de emergência para o município”, explica o coronel PM Henguel Ricardo Pereira, Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil e secretário-chefe da Casa Militar.

>Mapa de Risco de Incêndio da Defesa Civil

Já o Sistema de Monitoramento e Alerta (SMAC), feito em parceria com a Climatempo, gera um mapa a partir de informações colhidas por quatro satélites, onde é possível identificar focos de incêndio já em andamento.

Além dos mapas da Defesa Civil, a gestão estadual dispõe do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, publicado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. A pasta ainda conta com painéis sobre autos de infração ambiental e soltura de balões e de adesão de municípios às ações da Operação SP Sem Fogo.

Operação SP Sem Fogo

A operação SP Sem Fogo é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta com iniciativas e investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fundação Florestal (FF), e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).

As ações da gestão estadual vêm contribuindo para a redução recorde de incêndios florestais. Em 2023, em todo o estado de São Paulo, a área total atingida por incêndios florestais foi de 1.030 hectares, ante 7.181 em 2022, queda de 86%. Os dados são do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas.