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Conselho de Ética arquiva representação contra Glauber Braga
Relatora do processo contra Chiquinho Brasão pediu mais tempo para analisar o caso
12/06/2024 19h29
Por: Redação Fonte: Agência Câmara

Pelo placar de 9 votos a 4, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar arquivou a representação (REP 1/24) do PL contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ). O partido acusou Glauber de ter agredido fisicamente o colega Abilio Brunini (PL-MT) durante reunião da Comissão de Direitos Humanos da Câmara no ano passado.

Acusação e defesa
No dia 8 de novembro, durante reunião no Conselho de Direitos Humanos que tratava da situação do povo palestino em Gaza, o deputado Brunini se colocou em frente à mesa e disse que não sairia enquanto não fossem retirados os cartazes alusivos a Israel com manchas vermelhas, simbolizando sangue. Glauber Braga o empurrou e puxou. O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) alega que o empurrão dado em Brunini foi resultado de uma discussão acalorada e generalizada e não uma tentativa de agressão. Na reunião do Conselho de Ética, sustentou que agiu apenas para possibilitar que a reunião acontecesse.

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O relator, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), recomendou ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, censura verbal a Glauber, pois não considera empurrão e puxão uma agressão física. Ele disse que sua decisão se baseou em decisões passadas do Conselho de Ética.

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“Em casos semelhantes, este conselho tem arquivado as representação com encaminhamento de recomendação ao presidente da Câmara de aplicação da penalidade de censura verbal, disse o relator.

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Chiquinho Brazão
A deputada Jack Rocha (PT-ES), relatora da representação contra o deputado Chiquinho Brazão (S.PART.-RJ), pediu prazo maior para apresentar seu plano de trabalho, o que deve ser feito na próxima semana. No dia 11 de junho, começou a contar o prazo de 40 dias para a instrução no Conselho de Ética à denúncia por quebra de decoro, que é o tempo em que o relator pode fazer diligências e a instrução probatória que achar necessárias.

O deputado Chiquinho Brazão continua preso, acusado pela Procuradoria-Geral da República de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), morta em março de 2018. O processo contra o deputado foi instaurado em 15 de maio. Ele foi notificado em 23 de maio a apresentou defesa em 10 de junho, segunda-feira passada.