Vale do Ribeira SAMU
Investigação pode resultar em demissão de funcionária do Samu que divulgou fotos dos corpos de família assassinada no interior de SP
A Prefeitura de Apiaí informou que abriu uma sindicância interna para apurar os fatos para a tomada das medidas cabíveis, caso a profissional realmente esteja envolvida.
22/05/2024 12h20 Atualizada há 6 meses
Por: Redação Fonte: Com informações do site "Registro Diario"

Uma funcionária do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Apiaí, no Vale do Ribeira, é suspeita de divulgar imagens dos corpos da professora Josilene Paula da Rosa e dos filhos dela, mortos a tiros. Nesta terça-feira (21), a prefeitura instaurou uma sindicância interna que poderá resultar em demissão. 

O crime ocorreu na casa da professora, de 39 anos, na Rua Joaquim Fogaça de Oliveira, no bairro Jardim Araucária. De acordo com a autoridade policial, Ednei Antônio Vieira, que trabalha no Corpo de Bombeiros e é ex-namorado de Josilene, invadiu a residência da família e atirou diversas vezes, matando a mulher e os filhos dela, Arthur e Gabriel, de 12 e 20, respectivamente. Ele foi preso nesta terça-feira. 

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Um familiar de Josilene, que preferiu não se identificar, disse que foi fácil descobrir a identidade da autora das fotos dos corpos das vítimas. Nas imagens, é possível ver o nome da servidora e o horário em que ela fez os registros. “Ficou óbvio. Nas fotos, tinha a marca d’água com o nome dela. Então, a cidade inteira sabia quem tinha tirado”, afirmou. 

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Para a familiar, Josilene e os filhos foram vítimas duas vezes e, em ambas, não tiveram como se defender. Ela disse que considera uma “brutalidade” usar da dor das pessoas para se promover dessa forma. Por isso, pede que ninguém compartilhe as imagens. 

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“Foram duas pessoas que eram para salvar vidas. Primeiro, ela foi assassinada por um bombeiro, que está aí para salvar, não para matar. Depois, eles foram expostos por uma pessoa que estava ali para tentar salvar, não para expor”, desabafou. 

Sindicância interna 

Segundo a Prefeitura de Apiaí, a funcionária é investigada pela suposta prática de proibições administrativas que constam na lei municipal. A sindicância buscará encontrar elementos mínimos para comprovar que ela esteve envolvida na divulgação das imagens. 

Depois da apuração da sindicância e, se for apontada a autoria, também será aberto um processo administrativo disciplinar. Dependendo da conclusão, a profissional poderá ser demitida "a bem do funcionamento público". 

Em relação às infrações éticas, o órgão de análise competente é o Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren/SP).