Meio Ambiente São Paulo
Brasil tem potencial para ser referência mundial na produção de energias renováveis
Professor da USP analisa importância de fontes renováveis como os parques eólicos offshore para substituição de energias poluentes O post Brasil te...
01/04/2024 13h11 Atualizada há 8 meses
Por: Redação Fonte: Secom SP

O Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) estuda tecnologias para integrar parques eólicos offshore à rede elétrica do País. Renato Machado Monaro, professor da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo ( USP ), um dos fundadores e membro do grupo de pesquisa do Laboratório de Redes Elétricas Avançadas (LGRID) e coordenador do projeto de investigação das tecnologias de transmissão offshore na costa brasileira (TransBRcoast), discorre sobre o andamento do projeto e seus objetivos.

Potencial

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Segundo o professor, o Brasil tem um alto potencial de produção de energia eólica offshore, a qual é obtida através da força do vento que sopra em alto-mar. Por isso, ele afirma que é fundamental o investimento na implantação e nos estudos desse tipo de energia limpa, inclusive na busca por maneiras de trazer esse potencial para as turbinas eólicas onshore, que estão localizadas dentro do continente.

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De acordo com o especialista, praticamente toda a costa brasileira possui empreendimentos de energia offshore rentáveis, com destaque para estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul. “Temos na ordem de 92 pedidos de licenciamento de parques offshoreno país, em um montante de cerca de 220 gigawatts. Então, é um número expressivo de empresas interessadas em desenvolver esses projetos”, esclarece.

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Plataformas

Conforme Monaro, um dos objetivos do projeto é alimentar as plataformas de exploração de petróleo com a energia offshore para diminuir a emissão de carbono na atmosfera. Ele afirma que essa energia poluente é utilizada atualmente para abastecer os processos elétricos da estrutura e o intuito é conectar a energia produzida pelas turbinas eólicas e conectá-la às plataformas através de cabos submarinos para diminuir os níveis de poluição produzidos nesse setor.

“Esse é um projeto de 36 meses e nós estamos no décimo, então faltarão cerca de 26 meses ainda. Estamos na fase de entender onde estão esses empreendimentos, quais são essas tecnologias e já temos uma equipe de cerca de 12 pesquisadores envolvidos no projeto e na busca por essas respostas”, explica.

Sucesso das energias renováveis

Segundo Renato Machado Monaro, o caminho de produção de energia limpa é uma tendência mundial e o Brasil precisa seguir nessa pesquisa para se manter em uma posição estratégica no desenvolvimento de produção de energia a partir do vento, sol e biomassa. Ele afirma ainda que qualquer mínima eficiência que seja conquistada a partir de um parque eólico já deve ser valorizada, uma vez que apresenta melhores resultados em termos de redução da poluição atmosférica.

“O Brasil precisa e deve seguir nisso com certeza e nós temos uma janela, porque todos os países estão nos perseguindo, isso é uma tendência do globo, de todas as nações. O Brasil tem uma posição estratégica, estamos numa condição invejada por outros e se a gente fizer o nosso desenvolvimento enfrentar esse problema com seriedade e avançar, garantir a liderança nesse tipo de setor por muito tempo, o Brasil pode ser um protagonista e um líder nessa área de energias renováveis”, finaliza.

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