Educação São Paulo
Sete projetos de escolas de SP são finalistas da feira brasileira de ciências
Vencedores da Febrace, que acontece na USP, na capital paulista, serão conhecidos nesta sexta-feira (22) O post Sete projetos de escolas de SP são ...
22/03/2024 13h16
Por: Redação Fonte: Secom SP

Se a ciência é capaz de transformar a sociedade, estudantes da rede estadual de ensino finalistas da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Tecnologia), estão no caminho certo. O cuidado e a atenção com o outro são mote de projetos finalistas da feira que acontece até esta sexta-feira (22), na USP (Universidade de São Paulo).

Ao todo, sete projetos de jovens cientistas das escolas estaduais localizadas no interior estão expostos na USP. Os vencedores serão conhecidos a partir das 14h desta sexta.

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Foi percebendo um colega com deficiência visual que é apaixonado por esportes, principalmente por natação, que Júlia Paulino Barreto e Isabelle Gomes Diniz Santos, alunas da cidade de Campo Limpo Paulista — cidade a 60 quilômetros da capital — criaram uma touca de natação que emite um sinal quando o esportista estiver se aproximando das bordas da piscina e precisa fazer a virada olímpica.

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A 360 quilômetros dali, em Franca, um colega de sala com Transtorno do Espectro Autista (TEA) inspirou o projeto das estudantes Beatriz Angélica Ferreira Barros, Maria Eduarda Silva Augusto e Beatriz da Silva Lara. Elas criaram um dispositivo de alerta para ruídos, principalmente o barulho dentro de sala de aula, que beneficia pessoas com TEA e sensibilidade auditiva.

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>Silêncio Consciente Alunos Autistas e os Ruídos em Sala de Aula – das estudantes Beatriz Angélica Ferreira Barros, Maria Eduarda Silva Augusto e Beatriz da Silva Lara

Na sala de aula, o dispositivo está instalado em cima da lousa da sala e é sempre acionado quando o volume do ambiente alcança 85 decibéis. Esse alerta serve para que a turma diminua o barulho. “Depois da instalação, a gente teve uma evolução de 8,1% no desempenho acadêmico da Prova Paulista, assim como nosso colega teve um aumento do desempenho em 4,4%”, comenta a estudante Beatriz da Silva Lara.

“As alunas demonstraram empatia e se solidarizam, ao ponto de criar um dispositivo visual que é aplicado em sala de aula”, conta o professor orientador da equipe, Henrique Pereira, que reconhece que o projeto beneficiou também sua forma de dar aula, porque agora ele não precisa mais forçar tanto a voz para ser ouvido pela classe.

Foi com o objetivo de cuidar da saúde das pessoas que a aluna Ana Elisa Brechane da Silva criou o ConnectBreathe, dispositivo capaz de fazer o diagnóstico e de também apoiar o tratamento de doenças respiratórias. “O ConnectBreathe pode fazer o diagnóstico do sistema respiratório dos pacientes para doenças como asma, bronquite, enfisema pulmonar, e pode fazer o tratamento para fortalecer a musculatura respiratória desses pacientes e de quem foi acometido por Covid, por exemplo”, explica a estudante de Santa Rita d’Oeste, a 177 quilômetros de São Paulo.

Da região de Campinas, a cidade de Sumaré — a 130 quilômetros da capital —, está representada na Febrace pelas estudantes Raquel Kauane dos Santos, Danielle de Oliveira Maciel e Julia Rodrigues de Souza que resgataram o projeto arquitetônico ferroviário da cidade com uma reparação histórica. Agora, são as pessoas pretas envolvidas na construção que fazem parte da história da cidade e são consideradas no projeto dessas alunas.

>Desafios da Imparcialidade no Julgamento Reflexões sobre Sociedade e Cultura – das alunas Danielle Santos Gonçalves e Maria Eduarda da Silva

Somando os sete projetos, a rede estadual de ensino ainda é representada na Febrace pelos estudantes Guilherme Vinicius Biason, Giulya Beatriz de Lima Moreira e Rayssa Loriane Mattos Veroni, da cidade de São Carlos, com a criação de uma tecnologia de previsão climática de baixo custo, e pelas alunas Danielle Santos Gonçalves, Maria Eduarda da Silva, da cidade de Pitangueiras, com um projeto que discute sobre como as pessoas são julgadas de acordo com a sua cor, gênero e idade, e pela jovem cientista Gabriela Stein Mobrice, que investiga uma nova finalidade para a casca de melaleuca.


Conheç
aosprojetos, estudantes, professores e escolas da rede estadual de São Pauloque estãona final da Febrace:

Touca de natação para pessoas com deficiência visual
Swin Gusta: Touca de Natação para Pessoas com Deficiência Visual, das alunas Júlia Paulino Barreto e Isabelle Gomes Diniz Santos, com orientação dos Alan Barbosa de Paiva e Edemilson da Silva Lima. As alunas estão matriculadas na Escola Estadual Mário Pereira Pinto, de Campo Paulista, na Diretoria Regional de Ensino de Jundiaí. O trabalho desenvolvido é da área de educação física.

Diagnóstico e tratamento de problemas respiratórios
Connectbreathe: Sistema Biomédico Multiplataforma para Fisioterapia Respiratória com Gameterapia, da aluna Ana Elisa Brechane da Silva, com orientação do professor Eder Carlos Antoniassi. Ana é aluna da Escola Estadual Professora Maria das Dores Ferreira da Rocha, de Santa Rita d’Oeste, na Diretoria Regional de Ensino de Jales. O projeto é destinado à área de fisioterapia e terapia ocupacional.

Imparcialidade e julgamento na sociedade
Desafios da Imparcialidade no Julgamento: Reflexões sobre Sociedade e Cultura, das alunas Danielle Santos Gonçalves, Maria Eduarda da Silva, sob orientação das professoras Roberta Borges Ferreira Pires e Maria Leandra Figueiredo Pioto. Danielle e Maria Eduarda são estudantes da Escola Estadual Maria Falconi de Felício, de Pitangueiras, na Diretoria Regional de Ensino de Sertãozinho. O projeto das alunas é da área de sociologia.

Funcionalidades para a casca da melaleuca
Da Indústria à Cozinha: Utilização da Casca de Melaleuca na Retenção de Óleos Orgânicos Alimentícios, da aluna Gabriela Stein Mobrice, orientada pelos professores Wéliton Ribeiro Rodrigues Mota e Roselaine Cristiane Michelon. Gabriela está matriculada na Escola Estadual Professora Suely Maria Cação Ambiel Batista, de Indaiatuba, na Diretoria Regional de Ensino de Capivari. O projeto do uso de melaleuca é da área de botânica.

Pessoas pretas na história de Sumaré
Patrimônio Arquitetônico Ferroviário de Sumaré: Histórias que Foram Apagadas, das estudantes Raquel Kauane dos Santos, Danielle de Oliveira Maciel e Julia Rodrigues de Souza, sob orientação dos professores Eliana Cristo de Oliveira e Herval Luiz Azevedo. O projeto, da área de história, é das alunas da Escola Estadual Luiz Campo Dall’Orto, da cidade-sede da Diretoria Regional de Ensino de Sumaré.

Dispositivo antirruído para alunos com TEA
Silêncio Consciente: Alunos Autistas e os Ruídos em Sala de Aula, das estudantes Beatriz Angélica Ferreira Barros, Maria Eduarda Silva Augusto e Beatriz da Silva Lara, sob orientação do professor Henrique Pereira. As estudantes são da Escola Estadual Ângelo Scarabucci, localizada na cidade-sede da Diretoria Regional de Ensino de Franca. O projeto desenvolvido é da área de educação.

Estação de previsão climática de baixo custo
Smartstation: Maximizando a Previsão Climática com Tecnologia Embarcada, dos estudantes Guilherme Vinicius Biason, Giulya Beatriz de Lima Moreira e Rayssa Loriane Mattos Veroni, sob orientação do professor Clezio Aniceto. O projeto dos estudantes está na área de eletrônica e eles representam a Escola Estadual Jesuíno de Arruda, da cidade-sede da Diretoria Regional de Ensino de São Carlos.

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