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Rodrigo Garcia rompe a polarização nacional no primeiro debate

Para o governador, São Paulo não pode entrar na guerra ideológica que tem pautado as campanhas de Haddad e Tarcísio

Redação
Por: Redação
10/08/2022 às 10h53
Rodrigo Garcia rompe a polarização nacional no primeiro debate
A esperada polarização no primeiro debate entre candidatos ao governo de São Paulo deu espaço para o discurso propositivo de Rodrigo Garcia (PSDB), de que o estado não pode entrar na guerra ideológica que tem pautado as campanhas de Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), como tem feito seus “padrinhos” - o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) - na corrida presidencial.
 
Quem assistiu ao debate da Band deste domingo (8) notou o atual governador de São Paulo defendendo uma discussão no campo das ideias e não numa disputa ideológica que tem pautado a eleição presidencial. “Um fica batendo boca com o outro, fica essa briga ideológica que prejudica a sua vida (do paulista). Não quero essa briga política aqui para São Paulo, quero proteger São Paulo, quero que a população de São Paulo tenha paz para continuar seguindo em frente”, repetiu Rodrigo durante o debate.
 
Tarcísio e Haddad, nas vezes em que se confrontaram na Band, trocaram acusações e elevaram o tom da disputa. Os dois querem nacionalizar a eleição em São Paulo porque entendem que essa é a única chance dos dois se enfrentarem num eventual segundo turno. Porém, as pesquisas têm demonstrado uma realidade completamente distinta. A rejeição de Lula e Bolsonaro em São Paulo tem remodelado o cenário eleitoral do estado.
 
A pesquisa Real Time/Big Data da TV Record, divulgada semana passada, indicou que Rodrigo Garcia foi o candidato que mais cresceu. Ele chegou a 19%, depois de ter subido 3 pontos percentuais. Tarcísio estacionou nos 20 pontos nos quatro levantamentos que o instituto fez em março, maio, julho e agora em agosto.
 
Fernando Haddad oscilou um ponto pra baixo e aparece com 33%. Embora esteja na liderança, o petista tem altíssima rejeição. São 48% de eleitores que não votam de jeito nenhum em Haddad, enquanto que Tarcísio chegou aos 41% de rejeição. Rodrigo Garcia, que tem escalado nas pesquisas ao passo em que se torna conhecido para o eleitorado paulista, tem 32% de rejeição.
 
O discurso de Rodrigo Garcia foge do embate ideológico dada a sua histórica relação com gestões anteriores. Duas vezes deputado estadual e outras duas como deputado federal, Rodrigo Garcia ocupou cinco pastas de secretaria de estado até se tornar vice-governador e, a partir de abril deste ano, governador em exercício.
 
Diferentemente de Haddad e Tarcísio que exploram a relação com seus padrinhos, Rodrigo “vende” suas realizações como governador. “Se São Paulo não tivesse feito as ações que fez durante a pandemia, nós estaríamos hoje numa situação muito pior. Ampliamos o Bom Prato, criamos o Bom Prato Móvel, levando comida de qualidade na periferia, criamos o Vale Gás, fizemos o Acolhe SP, que paga bolsa para família que perdeu um ente querido. A desigualdade social no Brasil é muito grande e São Paulo precisa enfrentar com políticas públicas para apoiar quem precisa”, reforçou.
 
Ele mencionou também os investimentos em infraestrutura através do Pró SP. “Hoje são mais de R$ 50 bilhões contratados. São 8 mil obras que estão sendo realizadas, gerando mais de 200 mil empregos. São Paulo é um canteiro de obras, com mais de 11,5 mil km de rodovia feitos nesse momento”, sintetizou.
 
No debate da Band, Rodrigo criticou a gestão de Haddad como prefeito da capital, por ter deixado obras inacabadas. E contra Tarcísio, acusou o ex-ministro da Infraestrutura de ter colocado São Paulo no fim da fila do orçamento do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre). “Precisamos de propostas reais para os problemas de São Paulo. São Paulo não tá aqui para ficar nessa guerra ideológica, discutindo esquerda e direita, nós estamos aqui para focar e olhar em frente”, concluiu.
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