A Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados debate nesta quarta-feira (20) os impactos sociambientais causados pelo afundamento do solo em Maceió (AL).
O solo na região da Lagoa Mundaú está cedendo por causa da mineração de sal-gema (usado na produção de produtos como plástico e soda cáustica).
Em 2019, após o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmar que a atividade havia provocado instabilidade no solo, a Braskem anunciou o fechamento das minas.
Desde então, cerca de 60 mil pessoas tiveram que se mudar do local.A situação está sendo monitorada pela Defesa Civil de Maceió. No último dia (10), parte da mina 18 se rompeu, mas ninguém se feriu.
O debate foi solicitado pelos deputados do Psol Ivan Valente (RJ) e Professora Luciene Cavalcante (SP), e está marcado para as 10h30, no plenário 10.
Sem licença
Nesta semana, em audiência na Câmara o representante do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas, Ricardo César de Barros Oliveira, admitiu que a Braskem nunca apresentou nenhum estudo de impacto ambiental.
Ele explicou que a empresa obteve o direito de explorar sal-gema na cidade em 1966, quando não licenças ambientais não eram exigidas.