A Comissão de Relações Exteriores (CRE) aprovou nesta terça-feira (12), por unanimidade, a indicação da diplomata Maria Elisa Teófilo de Luna para o cargo de embaixadora na República de Trinidad e Tobago. A indicação ( MSF 75/2023 ) foi relatada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) e agora será analisada pelo Plenário.
Maria Elisa Teófilo de Luna nasceu em 1952 no Rio de Janeiro. Formou-se em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1974. Depois disso, em 1980, ingressou no Instituto Rio Branco (IRBr).
Entre 2010 e 2015, a diplomata exerceu a função de embaixadora na capital do Senegal, Dacar. Maria Elisa também foi embaixadora em Acra, capital de Gana, de 2017 a 2022. Atualmente, a indicada atua como assessora no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Sobre as prioridades de sua atuação caso seja aprovada pelos senadores, Maria Elisa disse que pretende equilibrar a balança comercial, hoje amplamente superavitária para Trinidad Tobago. Um dos caminhos, segundo ela, seria avançar na exportação de frango, carne e produtos agropecuários.
— Uma das maneiras é debruçarmos sobre essa intenção já revelada de Trinidad de cooperar com o Brasil na área de agricultura, agropecuária e segurança alimentar. Temos os instrumentos para ajudar nisso. Está dependendo unicamente deles enviarem uma missão de certificação para o Brasil—explicou.
Localizado no sul do Caribe, Trinidad e Tobago é formado por duas principais ilhas próximas ao litoral venezuelano. O país é uma república parlamentarista e possui cerca de 1,53 milhão de habitantes.
As relações com o Brasil começaram em 1942, antes de Trinidad e Tobago se tornar nação independente. A representação brasileira foi elevada à embaixada em 1965, antes disso, havia um vice-consulado do Brasil no país.
O comércio entre os dois países totalizou mais de US$ 913,5 milhões em 2022. As exportações de produtos brasileiros representaram US$ 281,2 milhões, enquanto a compra de mercadorias de Trinidad e Tobago chegou a US$ 632,3 milhões. O Brasil exportou, principalmente, minério de ferro, papel e açúcar, enquanto que as principais mercadorias importadas foram elementos químicos inorgânicos, óxidos, sais de halogêneos (como flúor, cloro e iodo), álcool e gás natural.