A Câmara Municipal de Iporanga afastou na noite de hoje dia (10), em sessão extraordinária, em votação por unanimidade, o Vereador Juraci Cardoso de Aguiar (PSDB) por acusações de assédio sexual e quebra de decoro parlamentar.
Entenda o caso: O vereador do Município de Iporanga, no Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, está sendo alvo de uma investigação por suposta quebra de decoro parlamentar. A denúncia foi apresentada à Câmara Municipal por uma moradora que solicita a cassação do mandato de Juraci Cardoso de Aguiar (PSDB). Dentre as acusações dirigidas a ele, destacam-se crimes como assédio sexual e tráfico de influência.
A solicitação para que o plenário da Câmara conduza uma investigação imparcial e completa sobre as alegações pesando contra o mandato de Juraci foi expressa na representação enviada à Câmara e lida pela vereadora Rosimara. O documento enfatiza a necessidade de medidas apropriadas, incluindo a possível cassação do mandato, caso as acusações sejam comprovadas, alegando que o vereador quebrou o decoro parlamentar devido às suas condutas.
A comissão encarregada da investigação tem um prazo de três dias para emitir um parecer sobre as acusações e conduzir uma votação para decidir sobre a continuidade da denúncia e a eventual cassação do mandato. O processo contra Juraci está em curso sob segredo de justiça, mas a representação enviada à Câmara detalha que o vereador é acusado de cometer crimes contra uma funcionária de uma empresa, abusando de sua influência interna para praticar extorsão sexual e estupro.
A denúncia descreve que Juraci, ciente da dependência da vítima em relação ao trabalho, teria entrado no quarto onde ela trabalhava, cometendo atos libidinosos e conjunções carnais. Mesmo após a vítima tentar evitar os crimes dormindo em outro local, o vereador continuou procurando-a durante o dia, inclusive após sua transferência de posto de trabalho em julho de 2022, alegando que ele a procurava em sua própria residência.
Além das acusações de crimes sexuais, a vítima alega ter sido ameaçada por Juraci, mencionando um "primo matador" e a advertindo a ter cuidado com suas relações, alegando conhecimento detalhado de sua vida.
Diante da situação, a mulher confrontou o acusado em setembro deste ano, chamando-o de "sujo e sórdido", e solicitou medida protetiva devido ao receio de perder o emprego e temendo retaliações contra ela e sua família. A representação detalha que a Justiça de Eldorado concedeu medida protetiva em favor da vítima, determinando que Juraci mantenha distância mínima de 100 metros dela e de seus familiares, proibindo-o de qualquer contato direto ou indireto por meio de comunicação. O vereador também foi proibido de frequentar a residência e o local de trabalho da mulher, sob pena de prisão preventiva, conforme estabelecido no documento.
Portanto na sessão de hoje determinou-se o afastamento do vereador e foi instaurada uma Comissão Especial de Investigação (C.E.I).