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Comissão aprova uso de recursos parados em programas inativos na educação
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (7) o projeto de lei complementar (PLP) 48/2023 , que autoriza o uso de recursos ...
07/11/2023 13h35
Por: Redação Fonte: Agência Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta terça-feira (7) o projeto de lei complementar (PLP) 48/2023 , que autoriza o uso de recursos parados em programas inativos na área de educação. Apresentado pelo senador Laércio Oliveira (PP-SE), o projeto foi relatado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e segue para o Plenário.

A Lei de Responsabilidade Fiscal ( Lei Complementar 101, de 2000 ) proíbe a utilização de recursos transferidos pela União a estados e municípios em ações diferentes daquelas originalmente previstas. Isso ocorre mesmo quando um programa se torna inativo e os recursos ficam parados. O PLP 48/2023 autoriza o uso desses recursos em programas inativos da área de educação, desde que na mesma área.

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O projeto foi aprovado com uma emenda da Comissão de Educação e Cultura (CE). A mudança especifica que os recursos inativos podem ser aproveitados necessariamente em manutenção e desenvolvimento do ensino. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ( LDB- Lei 9.394, de 199 6), a área compreende despesas com construção e manutenção de escolas, remuneração de profissionais da educação e aquisição de material didático, entre outras.

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De acordo com o senador Laércio Oliveira, havia cerca de R$ 308,4 milhões de saldo em programas inativos na área de educação em abril de 2022 — ao mesmo tempo em que estados e municípios carecem de recursos para diversas obras e ações educacionais. “A incorporação do projeto ao nosso ordenamento legal permitirá que essas obras sejam retomadas em proveito da população”, afirma.

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No relatório, Damares afirma que, apesar dos esforços ocorridos na última década, a educação no país ainda apresenta deficiências e demanda investimentos. “Os recursos eventualmente ‘empoçados’ em programas extintos não podem ser desprezados: precisamos promover sua realocação da forma mais célere e eficiente possível para garantir o uso em outras atividades de promoção à educação”, recomenda.