Em pronunciamento no Plenário na terça-feira, o senador Cleitinho (Republicanos-MG) se emocionou ao abordar a situação de saúde de seu pai, José Maria de Azevedo, que enfrenta um câncer na bexiga. O parlamentar relacionou o drama familiar com a pauta de legalização do aborto que está sendo analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Cleitinho questionou a decisão de interromper a vida de um feto na barriga de uma mãe, quando seu próprio pai, aos 70 anos de idade, está lutando pela vida.
— Ele está lutando pela vida, meu pai com 70 anos não quer deixar de viver.
O senador também contou que um dos seus três cachorros foi diagnosticado com cinomose, e o veterinário disse que a chance de cura seria de 50%. Levado para casa, depois de 20 dias de tratamento o cachorro estava curado. Nesse mesmo período, ele descobriu que outra cachorra estava com leishmaniose, doença que, por não ter cura, muitas vezes faz com que o canino tenha que ser sacrificado. Cleitinho, no entanto, decidiu cuidar do animal: "Ela vai continuar lutando pela vida".
— Se num caso como o do meu pai, dos animais, eles estão lutando pela vida, por que um feto que está ali na barriga de uma mãe, que é inocente, não quer viver? Quem somos nós para poder tirar a vida deles, para interromper a vida deles se a vida é um presente de Deus, se o criador é Deus? Quem somos nós? — questionou, declarando que tem “esperança de tocar o coração” dos ministros do STF, para que a pauta do aborto seja excluída e o debate sobre o tema seja encerrado definitivamente.