O senador Laércio Oliveira (PP-PE), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (17), manifestou preocupação com a prorrogação da licitação promovida pela Petrobras para o arrendamento de dois navios FPSO, que são embarcações de processamento primário de óleo e gás, destinados à operação no Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP).
— Em dezembro de 2021, a Petrobras apresentou à ANP declarações de comercialidade de sete campos exploratórios na Bacia Sergipe-Alagoas. A produção desses campos contempla a instalação de duas plataformas do tipo FPSO. A primeiras delas, com capacidade de produzir 120 mil barris de óleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia, deveria estar pronta para operação em 2026. A licitação, que foi lançada em 2021 para contratação da plataforma P-81, no entanto, foi posteriormente cancelada em decorrência de nenhuma das propostas apresentadas ter atendido às exigências do edital — disse.
O parlamentar ressaltou que as unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás previstas para serem instaladas em Sergipe têm o potencial de aumentar o suprimento de gás natural no país, além de abrir uma nova área de produção no Nordeste, sobretudo pela qualidade do óleo encontrado nos reservatórios.
— Todo esse preâmbulo busca contextualizar a preocupação com a notícia divulgada na mídia de que a Petrobras está retardando o processo de licitação para a contratação das plataformas para produção do projeto Sergipe Águas Profundas, sem que a empresa tenha se dignado a vir a público explicar os fatos que levaram a tal decisão, nem ter a atenção de informar ao estado de Sergipe as motivações de transferir o recebimento das propostas para 15 de janeiro de 2024 — questionou.