A família do paciente de 40 anos, vítima de um acidente automobilístico, autorizou a doação. Foram captados coração, rins, fígado e córneas. Participaram dos procedimentos para a captação o diretor-técnico do HRLB Dr. Renato, as equipes do CIHT enfermeira Janda Pereira de Araujo, enfermeiro Richard Albert Schwangart, diretor de enfermagem do HRLB, enfermeiro Denis Lima, além das equipes da UTI e Centro Cirúrgico.
A equipe do HRLB/CONSAÚDE realizou dois testes clínicos e teste de apneia no paciente. O exame de imagem que constata a morte encefálica foi realizado por um médico credenciado pela Central Estadual de Transplantes. Todos os exames confirmaram o quadro de morte encefálica para que a doação fosse possível. Equipes do Incor e Hospital das Clínicas estiveram no HRLB/CONSAÚDE para a retirada dos órgãos. De Registro, as equipes técnicas partiram em um avião para que os órgãos fossem levados aos pacientes da fila de transplantes.
A CIHT do HRLB/CONSAÚDE é vinculada a OPO (Organização de Procura de Órgão) do Hospital das Clínicas de São Paulo. A Comissão do HRLB foi constituída e aprovada pela Portaria nº 002/2012, de 29 de fevereiro de 2012. O Hospital foi incluído no Programa Paulista de Apoio às Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, programa do qual fazem parte hospitais que, em 2013, notificaram maior número de mortes encefálicas no Estado de São Paulo.
A anuência dos familiares é fundamental no processo de captação e doação dos órgãos e a conscientização das pessoas sobre a importância da doação é necessária. São muitas as pessoas que estão na fila de transplante. Conscientizar a importância da doação de órgãos, que salva muitas vidas.
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Etapas da doação
Após o diagnóstico de morte encefálica, quando não há qualquer chance de recuperação, a família do paciente é informada, inclusive sobre a possibilidade de doação de órgãos. Os profissionais da Comissão também são responsáveis pelo apoio psicológico dos familiares. Os familiares diretos são responsáveis por autorizar ou não a doação.
Para ser um doador, basta conversar com sua família sobre o seu desejo de ser doador e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos.
No Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar. Pela legislação brasileira, não há como garantir efetivamente a vontade do doador, no entanto, observa-se que, na grande maioria dos casos, quando a família tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo é respeitado. Por isso a informação e o diálogo são absolutamente fundamentais, essenciais e necessários. Essa é a modalidade de consentimento que mais se adapta à realidade brasileira. A previsão legal concede maior segurança aos envolvidos, tanto para o doador quanto para o receptor e para os serviços de transplantes.
A vontade do doador, expressamente registrada, também pode ser aceita, caso haja decisão judicial nesse sentido. Em razão disso tudo, orienta-se que a pessoa que deseja ser doador de órgãos e tecidos comunique sua vontade aos seus familiares.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Cabe à Central Estadual de Transplantes, por meio desse sistema, gerar a lista de receptores compatíveis com o doador em questão. A posição na lista de espera é definida por critérios técnicos de compatibilidade entre doador e receptor (tais como a compatibilidade sanguínea, antropométrica, gravidade do quadro e tempo de espera em lista do receptor).