Saúde COMBATE À CEFALEIA
Especialista alerta para os perigos da cefaleia
Doença atinge cerca de 140 milhões de brasileiros anualmente
19/05/2022 11h14
Por: Redação

Com o objetivo de alertar a população sobre as dores de cabeça, a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe) definiu o dia 19 de maio como o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, já que esta é uma doença que atinge cerca de 140 milhões de pessoas anualmente apenas no Brasil. Não é à toa que a Academia Brasileira de Neurologia estima que 94% dos homens e 99% das mulheres apresentam cefaleia ao longo da vida.

“Quando não tratada adequadamente, existe uma chance maior da cefaleia primária se tornar crônica. O indivíduo começa com poucos dias de dor, considerando como algo normal, e, com o passar do tempo, associando a diversos fatores, inclusive ao uso excessivo de analgésicos, passa a ter dores diárias, refletindo negativamente no trabalho, vida social e pessoal", explica o médico neurologista Miguel Assunção Magalhães, que atua em Praia Grande.

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A doença pode ser classificada como primária, quando a própria dor de cabeça é a doença a ser tratada, incluindo a enxaqueca, e secundária, quando a cefaleia é sintoma de outro problema como sinusite, gripes, tumores cerebrais, aneurismas, meningite. "Mas quem vai dar o diagnóstico correto, assim como o tratamento, é o médico especialista", orienta o doutor.

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Ele segue explicando que para cada tipo de cefaleia há um tratamento específico que vão desde mudanças de hábitos e vícios, fisioterapia e psicoterapias, técnicas de relaxamento e acupuntura até ingerir analgésicos, antidepressivos, anti-hipertensivos e anticonvulsivantes, ou medicações injetáveis, "como a toxina botulínica em casos específicos, como os de enxaqueca crônica". Já o tratamento das cefaleias secundárias é direcionado à sua causa e pode envolver cirurgias, antibióticos e anticoagulantes.

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"Tentar normalizar a cefaleia é algo perigoso por atrasar o diagnóstico e o tratamento adequado, podendo levar à automedicação, grave problema cultural em nosso país. Porém isso não quer dizer que toda e qualquer mínima dor de cabeça signifique uma doença ou algo grave. O ideal é escutar o corpo e se algo estiver incomodando, buscar orientação e ajuda especializada de um neurologista de confiança".